segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Amigos: para (que) tê-los..

Confesso que relutei muito na semana passada em escrever sobre amizade. Ou o que tem me incomodado ultimamente com meus amigos em questão.
Não é fácil ter uma rede de amigos. Vc encontra pelo caminho muita gente fútil, oportunista, e conta nos dedos em quem vc pode confiar.
Mas ainda não é nesse ponto que eu quero chegar...
Tenho vários grupos de amigos. Sempre tive um grande problema em administrar meu tempo para dar atenção merecida a eles.Em muitos casos, chegava cansado em casa e quando o telefone tocava e o número acusava na bina, eu simplesmente ignorava. Afinal de contas, o horário da novela é sagrado....rarara!
Sinto que estou fugindo do assunto por não querer expor uma situação que envolve um amigo e uma amiga minha.
Mas, se esse blog foi feito para fazer um auto exorcismo...vamos a ele então!
Ultimamente, meu grau de intolerância tem aumentado muito. Passei por várias situações na minha adolescência e começo da vida adulta onde fui crucificado por pais e conhecidos de vários amigos que tive, principalmente pelo “jeito louco de ser”, como diziam. Hoje, com 32 anos, me permito não passar por essas situações mesquinhas já sofridas. Até mesmo porque eu já tenho anticorpos em excesso na alma por esse tipo de mediocridade.
Esse meu amigo é uma pessoa muito bacana. Trabalhamos juntos por quase 6 anos. Nos odiávamos, pois ele namorava uma menina (que também trabalhava lá) e eu pedia a um colega meu que enfernizasse o coitado, dizendo a ele algumas peripécias sexuais que faria com a dita cuja dele. Quando passava por ele, o cara me fuzilava. Mas os anos passaram e o que gerou de tudo isso foi uma bela amizade.
Ele terminou o relacionamento de 6 anos com a tal “dita” e agora é um cara solteiro, boa pinta, com sua carta de alforria na mão para curtir a liberdade de um Don Juan. E eu, como sempre, dando meu apoio por esse seu novo ciclo. Já saímos, falamos de todos os assuntos e confesso que sentia muita cumplicidade em dividir minhas aventuras, tristezas e vice-versa.
Essa minha amiga, que vou chamá-la de “Dé”, é muito amiga da “dita”, ex do “Don Juan”. E eu sei que as duas já comentaram o quanto elas acham estranho eu estar muito íntimo do nosso Don Juan em questão.
Mas por que a encanação, vcs perguntam.
A resposta é simples. É incrível que no momento em que vivemos, com o acesso à informação, existam pessoas que ainda achem estranho um gay e um hétero ter uma relação sincera e sem nenhuma pretensão sexual de ambas às partes.
Mas Dita e Dé não pensam assim.
E é lógico que elas já expressaram ao nosso Don Juan a opinião delas.
O que Don Juan acha a respeito, sinceramente não me importa. Em nossas últimas conversas, ouvi dele várias desculpas, mentiras e descasos.
E o que eu tenho a dizer a respeito...
Apenas suspiro, cansado dessa situação a la Barrados no Baile!
E olha que nem idade pra isso eu tenho mais...rarara.
Adoraria ter escrito algo com mais humor. Mas meu coração não está a fim de rir agora.
Prometo recompensá-los no próximo texto.
Até!