terça-feira, 2 de setembro de 2008

DATALIRA!!!!

Agradeço a atenção de todos em ter saco de ler o blog.
Aliás, não imaginava que esse blog, em pouco prazo de tempo, pudesse fazer um certo “barulho”...
Continuem me escrevendo...principalmente para me encher o saco de estar sempre colocando um pouco do meu transtorno de déficit atencional..
Mas como viajarei MUITO, não vou garantir escrever sempre. Mas tendo novidades, informo a todos.
Obrigado pela (in)tolerância de vocês.

PS: não, não vai ter cachê!!!!

Só para complementar..

Estou de FÉRIAS!!


Amanhã almoço com a minha mãe, que está passando uns dias em Sampa. Vou levá-la ao La Frontera, que fica próximo ao cemitério da Consolação. Bom lugar para quem quiser sofisticação ou fazer um programa bem romântico a dois à noite.
Ou a dois...

ou a “La Elimar Santos”:

A um...
A dois...
A três...
ESCANCARANDOOOOO de VEEEEZ!

Jesus me abane!!

Balangandans de Ná...

No meio da correria do stress da vida moderna, ligo para meu amigo Nel - a quem eu chamo carinhosamente de “o grande produtor do asilo da MPB” – para combinarmos de sair na sexta à noite. Ele me convida para assistir o show “Balangandans”, com Ná Ozzetti cantando o repertório de Carmem Miranda no teatro da Fecap. O mais estranho foi que topei na hora, sem sequer me lembrar o quanto você precisa estar num estágio bem avançado de ioga para ver pacientemente a um show de Ná.
Mas aceitei o desafio de testar minha tolerância.
Chegando à Fecap, vi que Nel ainda não tinha chegado. Se tem algo que me incomoda – e muito – é eu chegar antes de qualquer pessoa que tenha combinado de fazer qualquer tipo de coisa. Me dá a sensação de que vou levar um tremendo “bolo”. Começa a me dar calafrios, uma sensação muito ruim...
Mas isso é coisa de gente neurótica ou carente...

E no meu caso, prevalece mais a primeira opção.

Já liguei para saber onde ele estava. A minha sorte é que Nel estava próximo.
Chegando próximo à bilheteria, me deparei com uma conhecida com quem tinha trabalhado. E ela estava bem maquiada..
Deus Pai!!! Ela estava MUITO maquiada!
Não tive como não lembrar da sitcom “A sete palmos”. Porque parecia que ela tinha sido maquiada para entrar num caixão, tamanha a quantidade de ARGAMASSA QUARTZOLIT que ela passou no rosto!!!
Bem que ela poderia ser garota propaganda...da Helena Frankstein...rarara!
Voltando ao assunto...
Nel chegou e fomos assistir ao show.

Afff! O que dizer sobre o show de Na...

Pra começo de conversa, acho corajosa uma cantora com um vocal extremamente técnico e jeito contido no palco se aventurar em interpretar Carmem Miranda. Sob esse aspecto, Ná merece vários pontos positivos. Além disso, ela tem o mérito de se cercar de músicos de respeito (Mário manga, Dante Ozzetti, entre outros) que acertaram em cheio nos arranjos.
A luz estava...justa! Não sobrepujou a artista.
Pelo contrário, complementou o conceito artístico do show.
Mas é lógico que uma raposa felpuda como eu tem que ver algum defeito...
A cada final de uma interpretação, Ná tinha alguns “tiques” devido ao nervosismo de estar no palco. Ela fazia umas caretas que parecia o Chuck, do Brinquedo Assassino..rarara!
Uma artista fina como ela, não pode se atrever a querer fazer passinhos improvisados para “animar” o show.
Pô, Na!!! Eu prefiro você bem mais centrada, quietinha no palco, mostrando aquilo que eu considero um trunfo: a serendidade e ao mesmo tempo, firmeza de sua voz!
Aqueles passinhos faziam você parecer aquela boneca da Estrela...a (La, Le, Li, Ló) LU PATINADORA......rararara!!

Tirando isso, Ná foi impecável...
E fez a minha alma ficar bem leve...

...pra depois ir tomar um belo cosmopolitan no Mestiço!

Sorry, Periferia!!!!

Povo lindo, povo inteligente....

Sei que vou receber pedradas por escrever esse texto..
Mas não sou obrigado a ouvir mais discursos esquerdistas decadentes..
Afinal de contas, o comunismo acabou há séculos!!

Acabo de chegar de um coquetel de lançamento do documentário "Povo lindo, povo inteligente".
O enredo, bem simples: filmar as noites de sarau que acontece todas às quartas no bar do Zé do Batidão, em Campo Limpo Paulista, com aspirantes a poetas na periferia de São Paulo. O que poderia ser considerado um achado no filme..
..se tornou um equívoco.
Para começo de conversa: por mais que um documentário não tenha uma captação de recurso decente – como por exemplo, filmagem em película – ele consegue, com um bom roteiro, se sobressair da falta desses recursos e realizar um trabalho justo, preciso. Já assisti vários nessas condições.
Mas "Povo lindo, povo inteligente", vai pela tangente. Um roteiro fraco, decepcionante e completamente maniqueísta!!! O filme tenta decolar, mas faz pouso forçado do início ao fim.
Os poetas, com suas camisas de ícones pops – de Che Guevara a Evanescence – com suas prosas, poesias “contra o sistema”...
Contra o sistema....

Que coisa mais Pré Muro de Berlin!!!!

Alguém bem que poderia avisá-los que o Muro foi derrubado há um bom tempo.

Mas as pérolas não acabam. Os próprios "manos" da periferia, que semrpe reforçam – em bold e itálico – o quanto sofrem preconceitos, mas caem em contradição por se manifestarem com um discurso totalmente preconceituoso às avessas. Diz uma certa senhora no nosso “social doc”:
“Sou PAULISTANA, ta me entendendo. PAULISTANA...
MAS...
Sou filha de baianos..MAS com orgulho..

A própria fulana tem preconceito contra a própria estirpe!!!
Outro diálogo do filme, uma “tia” diz: “As pessoas acham que aqui só tem violência, MAS tem cultura também, viu...
E QUEM disse a ela que nós – pessoas bem informadas – não somos cientes que existe cultura na periferia...
Essa visão parcial do filme só faz o preconceito se acentuar...
Fora que o filme tem uma péssima montagem e é mal editado.

Meu amigo Nel dormiu o tempo todo. Já Betina, precisava urgente de uma caipirinha com Lexotan!!!

Um dos raríssimos momentos interessantes do filme, uma senhora declama a seguinte poesia:

“ Minha mãe me avisou
Que a mulher mata o homem...
...mas hoje entendo bem
Que a mulher não mata...
...consome!

É minha senhora...
..isso só me faz lembrar o quanto esse filme consumiu minha paciência...

Que filme mais maniqueísta!!!
Quanto ao nome do filme..
Quanta pretensão, heinh...