domingo, 24 de maio de 2009

Modos, modas, manias

Não gosto de ver o blog às moscas...
Mas, pra ser sincero, devido ao mais puro ócio em que me encontro ultimamente, só agora – 1 da manhã – é que encontro ânimo para postar algum texto, com a cobrança de ter algo atrativo para vocês se deliciarem um pouco.
Fiquei feliz com a repercussão da última edição. Não esperava que ela fosse ter tantos acessos. Mas, com isso, vem a cobrança de não deixar a peteca cair por aqui.


Para os desavisados, estou com pneumonia. Estou em repouso absoluto para me recuperar e voltar a vida de mucamo branco, afinal de contas, ainda não vivo de renda. Fiquei essa semana no hospital por cinco horas, fazendo uma porrada de exames. E com um médico um pouco cínico, digamos assim.

Como é horrível ficar nas mãos deles! Principalmente se ele não for com a sua cara. Ou se ele tiver num mau humor por ter brigado com a esposa, ou se estressado no trânsito. Imagine a carga negativa que vc tem que absorver desse distinto filho de uma puta, além da dor que vc está tendo na frente dele, pedindo pelo amor de Deus uma receita milagrosa para sair curado e prosseguir com a vida.

Mas isso a gente só assiste no Grey´s anatomy.
Ou...na Ilha da Fantasia...rarara...
Obs: como era chato aquele Tatoo!

Cheguei no hospital já nem agüentando comigo. Fui sozinho, pois tenho o péssimo hábito de pedir um help pra alguém me ajudar. Detesto a vulnerabilidade humana. E detesto mais ainda quando alguém me vê num estado como esse. É como se eu tivesse pedindo esmola, entende?

A consulta com o médico até que foi rápida. Entrei na sala, me sentei e ele começou a me examinar. Quando ele tocou em meus gânglios (não pensem besteira, por favor), o primeiro susto da noite. Ele me olhou e me perguntou de uma forma bem “amável”:
- Você tem HIV...NÉ?
Um médico perguntar se vc tem HIV, se já fez o exame, é comum. Sei disso! O foda foi ele ter acentuado o NÉ na questão. Juro que fiquei olhando pra ele e comecei a criar em minha mente a imagem dele entrando em estado de combustão, pegando fogo e saindo como uma prostituta sudanesa do hospital. E se definhando, aos poucos.
O próprio doutor se arrependeu depois do tom da pergunta feita e me tratou depois como se fosse um amigo de longa data. Mas pra quem tinha ficado 5 horas no hospital, fazendo vááários exames..era o mínimo...NÉ!

E pra ficar bem claro. Não foi dessa vez que a “Cidinha” me pegou.
E apesar de estar com os pulmões bichados...respiro aliviado!


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Sempre prezei pessoas de bom gosto para se vestir. Uma roupa pode refletir o seu estado de espírito, seu (mal) humor. Você pode brincar perfeitamente com a moda. Não é necessário ser fashionista. Mas ter bom gosto é essencial!
Sempre gostei de fazer belas e boas caminhadas pelo bairro de Higienópolis. Adoro ficar olhando os tipos de prédios, a região arborizada e bem cuidada pela população local. O que me desagrada é o fato das meninas, moças e mulheres moradoras do bairro não terem um certo cuidado ao se produzir, ou pra ser mais direto, se vestir bem. Elas parecem usar uniforme de penitenciária, pois todas se vestem igual. Colocam uma blusa branca básica – e amassada – e um vestido que parece meu pano de chão. Elas ficam parecendo caixa de papelão, sabe? E quando eu vou tomar meu chá de capim cidreira numa padoca que adoro – na Baronesa de Itu com a Albuquerque Lins – eu fico observando elas passarem, estarrecido com o mal gosto delas. E o pior é que não é por falta de dinheiro que elas se vestem parecendo um mausoléu. Por mais que eu deteste a Xuxa - vulgo Buba, de Renascer - fico pensando que ela bem que poderia ressuscitar aquele quadro que ela tinha em um de seus vários (péssimos) programas, o Transformação. Se bem que no caso delas, haja tubo de argamassa Quartzolit com Embellezze pra fazer milagre!
Ou quem sabe, se a criadora da boneca Barbie fizesse uma versão da anoréxica boneca tendo como inspiração essas mulheres sem vaidade nenhuma.
Alguém pensou na... Barbie Exorcista....rarara!

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Meu fim de ano foi espetacular. Viajei para Sergipe, único lugar do Nordeste que eu ainda não conhecia. E que grata surpresa em ver uma cidade limpa e organizada para receber turistas. Até o final do ano, darei informações mais detalhadas sobre os lugares que conheci e que pude lavar minha alma, contemplando a beleza dos principais points turísticos da cidade.
Mas, para aguçar a curiosidade de vcs, posso garantir que Mangue Seco é um lugar único, um paraíso necessário para quem decidir tirar uns dias para conhecer esse estado.

E se a Tieta deu o ar da graça em ficar berrando que nem cabrita pelas dunas de Mangue Seco, eu também emprestei minha bela imagem como complemento da paisagem paradisíaca desse lugar.

Morram de inveja, 3° mundistas!!!!


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ME VICIEI EM GOSSIP GIRLS!
Confesso que todas as vezes que entrava na locadora e passava pela ala de seriados, eu olhava com desdém todas às vezes que ficava em frente à Gossip Girls!
E se arrependimento matasse...com certeza já estaria no 5° escalão do inferno tostando! Afinal de contas, do que me interessa a vida de um bando de high societies teens? Por acaso eles acrescentariam em algo à minha lacrimejada vida?

Pois é...

Há um tempo atrás, estava com uma vontade ABCEGA, ABMUDA, ABSURDA de pegar uma sitcom para eu assistir. Já estava com um clássico na minha cestinha: E Deus criou a mulher, com Brigitte Bardot , filme indispensável na vida de qualquer pessoa com ótimo senso crítico e bom gosto. Peguei também aquele lixo não reciclável chamado Jogos do Poder, com o ChaTom Hanks no papel de um político playboy e da Julia “Sempre serei Arlinda Mulher” Roberts. Em 10 minutos de filme, eu arremessei a caixinha do dvd longe de tanto ódio.
Nem preciso dizer se gostei do filme, né?

Voltando à Gossip Girls: comecei a assistir a série no sábado à noite e varei madrugada adentro com as intrigas de jovens colegiais da aristocracia norte-americana. Apesar do roteiro das situações previsíveis do seriado, eu não paro de comentar com todos os meus amigos e colegas que a série retrata que pode haver, sim, uma relação de inveja ente amigos, a ponto de se desejarem que queimem no centro do inferno. Mostra o quanto é odiável quando um amigo se torna o mais popular e o mais querido da turma, enquanto você se torna a sombra dele. Por mais difícil que seja encarar situação, essa dura realidade já passou com certeza na vida de TODOS que lêem esse blog.

Seria a vida de Flora e Donatela...no Ensino Médio...rarara
Mas com muito mais glamour, of course!

E a grata supresa da série é que todas as intrigas são feitas através de um blog de uma garota misteriosa. E é lógico que todo mundo – incluindo os “mocinhos” da série – acessam o site para se embebedar do veneno pérfido e destilado da tal “Garota do Blog”, que em inglês significa Gossip Girls.

Não é que pintou aquela vontade de fazer um blog de intrigas...

Alguém aí já pensou em acessar GOSSIP FAGS?....rarara

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Um assunto me intrigou hoje conversando com um colega no MSN: disse à ele que pretendia levar uma vida completamente careta daqui por diante. Para minha surpresa, ele ficou indignado com minha opção. Disse que eu era interessante demais pra ele ter que me ver “encaretando”. Resolvi levar adiante a discussão, por telefone e e-mail. Nunca pensei que pudesse ter um retorno tão negativo com essa possível nova fase de minha vida. Resumindo, a maioria sugeriu que eu fizesse terapia, pois estaria matando a minha identidade. Outros disseram que eu estava sufocando minha autenticidade.
E eu pergunto: é tão ruim assim ser careta?
Sei que pode ser uma fase, mas estou completamente desestimulado a sair à noite num final de semana, por exemplo. Ficar enchendo a cara de cerveja, ir numa boate onde você vai encontrar o mesmo pessoal medíocre, que não te acrescenta em nada; vai ouvir pena enésima vez a mesma seqüência musical na pista de dança. Até no seu hall de amizades, esse cotidiano cansa: você sai com o mesmo amigo, no mesmo lugar...vira um círculo vicioso! Por mais carente que eu seja, tenho que impor limite ao mal gosto. Sair à noite no final de semana não tem me acrescentado em nada. Quero mudar um pouco meus hábitos, quero que eles se tornem mais saudáveis. Fazer um jantar, por exemplo. Estou no pique de retomar esse velho costume em minha casa. Modéstia à parte, adoro cozinhar. E cozinho bem.
Deixa a “pneumo” ir embora, pra botar esse plano em dia.

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Como fiquei horas no hospital, não tinha outro remédio para aguardar o resultado dos exames, que não fosse a TV. Ao lado de uma sexagenária amarela, sem cor nenhuma, dormindo de boca aberta e roncando, e de uma menina entubada, fiquei assistindo a novela das nove da Globo. Aliás, eu nunca tinha assistido um capítulo que fosse. Nos primeiros quinze minutos da novela, só passava os personagens dançando. Perguntei pra enfermeira se ela podia deixar a televisão na tecla MUTE, pois se ficasse no mudo, eu iria entender o que estava se passando, afinal de contas, não tinha diálogo algum no folhetim. É de uma chatice indescritível! Se eu tivesse um marca passo, ele iria parar na hora, de tanto tédio que tive!
Aos amantes do futebol, uma pergunta: por que o Cléber Machado chora tanto pra narrar um jogo de futebol¿ Juro que vou encaminhar minha amiga (Fluoxe)Tina pra ele se animar um pouco.
Se joga na Tina, Cleber....rarara! Você está precisando.
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Semana que vem tem mais. Até!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Talira...di xico

Gentes,
Não vou deixá-los orfãos de novo, ok..
é que essa semana eu peguei uma gripe equina (suína eu deixo pro 3º mundo pegar, né...rarara)....fiquei acamada, mas aos poucos melhorando...
aos amigos que me ligaram para saber se ainda estou viva, valeu pela solidariedade...
semana que vem, novidades no blog...
bjos que eu to indo agora tomar meu chá....

xo xo

sábado, 2 de maio de 2009

Back to wonderland...

Sim, vcs podem xingar...
Sim,vcs podem enfiar várias agulhas no meu boneco de vodu...
Mas tenho uma boa desculpa..ou melhor..justificativa pela minha falta de cuidado com meu blog.

Passei por momentos de grande turbulência no início de ano. Em dois meses, passei por crises – existenciais e espirituais.
Tive grandes perdas – pessoas queridas e amadas que infelizmente não estão mais nesse plano.
E fui obrigado a fazer um balanço sobre o que realmente é extremamente vital e importante na minha vida. Virei um pano de chão e fiz uma faxina – de família, amigos e listei o que de fato é prioridade para mim.

Mas não vamos falar dessas chatices....pelo menos por enquanto..
Vou retomar o assunto de minhas férias....
E outras pautas interessantes...para exorcizar meus demônios...
E destilar meu veneno!!!

Vamos ao que interessa.....O Mundo de Lira está no ar!!

NO ALARMS...NO SURPRISES

Para quem não foi ao show do Radiohead, perdeu uma grande oportunidade de abrir o ano vendo um show para lavar a alma de qualquer cristão que o pariu!
Como valeu a pena!
Cheguei bem no final do show do Los Hermanos. Mas estava sem um pingo de saco de ver aquele bando de teens punheteiros pseudo-existencialistas chorando em coro uníssono a cada música que a banda tocava. Em companhia do colega Dante, entramos na Chácara do Jockey para encontrar Betina e suas amigas. E fazermos uma festa à parte, diga-se de passagem.
O show do Kraftwerk passou batido. Não que eu não goste. Mas é um tipo de show que funciona em lugares de porte menor.
Whatever...
E a entrada do Radiohead foi triunfal! Eles começaram pontualmente às 22h15. E com todo o apelo visual – só no Thom Yorke tinham cinco câmeras – o grupo colocou o público a sua mercê: músicas do último trabalho – foram nove do In Rainbows – e uma sucessão de canções entoadas em coro pelos fãs ardorosos da banda. A primeira catarse da noite – Karma Police – fez correr apenas uma lágrima de meu olho. Mas meu coração trepidava. Eu me arrepiava de ouvir os uivos de Thom com seus falsetes dissimulados. E como a gente delirava a cada música do set list.
Ao final do show, ficou a tristeza pela ausência de No surprises do repertório. Por tudo que tinha passado, eu precisava escutar essa música pra dar pelo menos uns quatro gritos para acalmar minha alma.
Mas meu lado racional falou mais forte. O show foi impecável do começo ao fim!

PS: Ficamos sem No surprises. Mas os cariocas não tiveram chance de ouvir Fake Plastic Trees, que eles tocaram apenas aqui.
Ah...eles fizeram 3 BIS...tá bem, meu bem?

The Bees-52´s

Não dá para negar: B-52´s sempre fará parte do meu TOP 5 de bandas da minha vida! Desde pequeno, fui pego pela sonoridade e visual surreal dessa banda de Athens, Geórgia. E o show teve um sabor de revival em vários aspectos.
Fui assistir com Betina – amiga de longa data – e com uma amiga que tinha perdido o contato - ela é famosa pelo seu blog na rede. Nos encontramos na casa de Betina. Estávamos todas vestidas a la new wave para comemorarmos nosso encontro em grande estilo.
Na chegada ao Credicar Hall, um choque: pessoas carecas, mulheres que estavam vestidas, ou de butijão de gás, ou de papel de presente das lojas Marisa; maquiadas que nem travestis na 3ª. Idade; fora os maridos com aquela camisa listrada, calça social bege, com aquele cinto bem grande parecendo um cowboy made from Tabacow. É incrível o que a falta de informação não faz no estilo das pessoas. O que me deixou mais perplexo é que elas fazem parte da mesma faixa de idade que eu.

....bem, na verdade, são mais velhas....rarara...

Mas só abrindo um parentes: o visual da new wave foi marcado pela extravagância. E não pelo profundo mal gosto das pessoas que foram ver o show. Se mal gosto matasse, a Glorinha Calil teria um infarto fulminante...rarara
A propósito: Ana Maria Braga com certeza iria A-BA-FAR com seu visual por lá...rarara


Vocês não acham?? http://www.youtube.com/watch?v=AOIsPlSDX4I


Voltando ao show: entramos em grande estilo a La Sex ant the City. Prontas para o abate musical que viria a seguir.
O show começou por volta das 23 horas. Eu estava numa grande expectativa, pois com certeza cada música me traria uma grande recordação.
Quando eu os vi entrando no palco, fiquei em estado alfa! Não havia cenário, nem efeitos visuais. Se bem que as perucas de Cindy Wilson e Kate Pierson eram uma atração à parte que nem precisava de ajustes cenotécnicos para viabilização do show. A abertura foi com Pump, do último álbum, Funplex. O primeiro single desse novo trabalho - que dá nome ao álbum - vem em seguida.
Primeiro grande momento: Private Idaho. O Credicard Hall veio abaixo. E como eu pulei! Parecia aquele garotinho de 7 anos que simulava em sua cabeça um palco no meio da sala, jurando que era o Fred Schneider – ou a Cindy Wilson...rarara. Me veio também a imagem de meu primeiro contato com eles: o clipe de Legal Tender (que eles não tocaram na apresentação. Fazer o que, ninguém é perfeito) no Super Special, que passava na TV Bandeirantes.
E o frisson não parava: a batida neo-punk de Strobelight me gritar de tanta excitação. Ao meu lado, um casal de namorados, na faixa dos vinte anos, se aterrorizavam em nos ver dançar como se tivéssemos numa danceteria fazendo aqueles passos horríveis de new wave. Eu nem perdia meu tempo com os fedelhos. Aquele show era pra mim e pra todos da minha geração!
E eu gritei mesmo:
“Não gostou, bem??? Volta pro bueiro do Castelo Ra Tim Bum!!!”. Bando de lactantes!!!!”
E eu gritei mesmo!!!
Ihhhh...gritei!!!


Após a viagem hipnótica de Quiche Lorraine, o segundo bom momento do show: Kate e Cindy comandarm o palco, cantando Juliet of Spirits. E eu jurando que era Julian of Spirits.

Eu falava pra Betina: BEEEEE, é minha música!!!! Elas estão cantando pra mim!!!!
Como é foda ser babaca às vezes...

Betina era só alegria. E como ria das minhas performances....

Na sequencia, um mega hit: Roam. Outra imagem veio em minha mente: eu, no banheiro com uma imensa escova FIDALGA de minha mãe, no chuveiro, ouvindo o programa das mais pedidas no rádio. Roam sempre figurava entre as cinco primeiras.

E eu cantando lindoooooo no banheiro!!!
E minha mãe dando altos murros na porta pra eu sair de lá....rarara

Como ela gritava, Jesus...

Depois de Roam, Fred Schneider volta e aos berros grita: Surprise!!!!. Era o início de Party out of bounds. Deus Pai, aí eu infartei!
Me lembrei de toda minha família na colônia de férias de Bertioga. À noite, havia uma espécie de boate, onde o DJ tocava os principais hits da new wave: muito Devo (Ai, coisa boa!); Paralamas (Afff, cadê meu Lexotan?). E muuuuuuito B-52´s! Eu tinha nove anos de idade. E dançava feito louco. Parecia que eu tinha mal de Parkinson crônico, de tanto que eu tremia de tesão ao dançar os clássicos das new wave.
Meus pais não entendiam nada. Achavam que eu era louco, que eu não tinha salvação, que eu tinha vários distúrbios, que eles precisavam urgentemente me medicar! Mas eles também viam o quanto que aquele ambiente me fazia feliz. Nem foi preciso pegar um colete pra me prender...rarara!

O que me chamou a atenção foi a disposição deles no palco. O entrosamento deles, a qualidade sonora das vozes e dos instrumentos. E aquela nostalgia que lavou a alma de muitos marmanjos que estavam por lá.
No final, antes do bis, a divertida Love Shack. E tudo parecia uma festa de fim de ano. Vi ao meu redor a cara de satisfação das pessoas. Mas a gente queria era mais!
E o mais veio: Planet Claire – primeiro single da banda, de 1979.
Gente, nessa hora...como diz um amigo meu: “eu caramelizei a calcinha”....rarara!
E o final apoteótico de Rock Lobster!!
Não poderia ter sido melhor!!

Definitivamente: lavou minha alma!!!!!!

The Channel Bee

Não contive a ansiedade e liguei para minha mãe na semana seguinte para falar do show. Dei todos os detalhes de como tinha sido a apresentação e como a semana estava sendo bem “colorida” para mim. Apesar dela ter tentado me castrar, quando criança, para não escutar música pop, hoje ela se diverte com as histórias que eu relembro em nossas conversas. E olha que minha mãe é fã de muita coisa que gosto desde pequeno, como David Bowie, Pet Shop Boys. E B-52´s!
Conversando com ela pelo telefone, comecei a me lembrar de minha madrinha Elza, que teve um papel extremamente importante numa situação que envolveu pessoas, bolo e música pop!
Estava chegando o meu aniversário de 8 anos. O ano era 1983 e eu tinha acabado de perder a minha avó materna, na qual era extremamente ligado. Apesar de não haver clima, meus pais decidiram manter a festinha, afinal de contas, a vida tinha que continuar.
A música pop foi uma forma que tinha de colorir a vida em preto e branco que eu vivia naquela época. Com o niver chegando, precisava pensar em qual presente ganhar.
Sem pestanejar, fui na casa de minha madrinha. A finalidade era de pedir um presente. Mas um presente difetente do que eu costumava ganhar. Cheguei em sua casa e ela, toda solicita como sempre foi, me levou para sua cozinha. Ela fazia bolos de aniversário. Fez um maravilhoso para minha festa de cinco anos. E como ela me conhecia, já tinha sacado que eu tinha ido lá para pedir “algo”.
Conversamos bastante. Apesar de pequeno, era bem irrequieto. Gostava de conversar sobre vários assuntos. Petulância de minha parte, confesso!
Como eu não parava de falar, minha madrinha – fina como sempre – me perguntou:
E então, meu filho. O aniversário está chegando. O que você quer que a madrinha te dê de presente?
Nessa hora, como um aristocrata britânico, jurando ser um personagem da novela Guerra dos Sexos, com cara de paisagem, cruzei as minhas magras perninhas, botei minhas mãos – uma em cima da outra – em cima de minhas pernas e disse, como se fosse um membro da academia de letras:
- Olha, madrinha, a senhora não precisa se incomodar. Pode me dar qualquer coisa que eu vou gostar! Mas.. que a senhora 'tá' me perguntando, a senhora pode me dar o disco do BÊCINQUENTAEDOIS!

Silêncio na cozinha...

Sentindo o cheiro de bolo assado, e correndo em direção ao forno para retirar a massa pronta, ela começa a rir, meio sem graça, sem saber o que aquilo era e me pergunta:


“Então...que tipo de brinquedo é esse”?...rarara
E eu, petulante como sempre, olho pra ela com cara de indignação e digo:
- Madrinha!! A senhora não sabe quem é o BÊCINQUENTAEDOIS? É uma banda!!!! Eles tocam Legal Tender! A senhora nunca ouviu essa música? Passa no Super Special e no Som Pop!
- Legal o que, meu filho?! Tender? É comida? Que língua é essa que você tá falando?
- Peraí. Me dá um papel que eu vou anotar.

Anotando com minha letra esdrúxula, acrescentei:

-Aí a senhora vai lá na Discolar, que eu já avisei o vendedor que a senhora vai comprar. Eu ganho o presente e ele ganha a comissão!


(Abrindo um parentes: tinha uma loja em Ribeirão Preto chamada A Discolar. Eu sempre ia, todos os dias com uma colega de escola, na loja para escutar os LPs na cabine. Como eu viajava!)

Voltando aos fatos verídicos, minha madrinha começou a rir de mim, pegou o papel e anotou o nome da banda e da música.
Voltei feliz e saltitante para minha casa. Quando cheguei, minha mãe – bem puta da vida – já começou a gritar, querendo saber onde eu tinha me enfiado. Com a cara bem lavada - de quarta parede - disse que tinha ido na casa de minha madrinha visitá-la, que estava com saudades e coisa, e tal. Ela nem me deixou eu terminar a frase e esbaforou:
- Você foi pedir presente pra ela?
- Não, mãe, eu fui visit...
- O QUE VC PEDIU?
- Ah, eu pedi.....um carrinho com controle remoto.
No dia do aniversário, brincando com meus primos e amiguinhos, minha madrinha chega com o "presente quadrado". Meu coração batia tão forte, porque era o presente que eu mais estava aguardando. Ele ofuscou até o bombeiro que meu pai tinha dado. Quando abri o presente e vi na capa o B-52´s, eu tive uma excitação tão plena, que achava que iria infartar, tamanha era a minha emoção.

Meus primos olharam pro disco e perguntaram: “Noooossa! Que disco é esse”?.

E rapidamente, respondi, com a minha verve européia peculiar:
- “É de uma banda americana que eu vejo na TV. VOCÊS NÃO CONHECEM!!!”...rarara


E minha mãe, bem atrás, com uma cara de Aracy de Almeida com crise de diarréia, dispara:
- É esse o seu CARRINHO??? Você merece apanhar mesmo!!!
E minha santa madrinha Elza, rindo da situação, interveio e disse que para ela era um prazer me fazer feliz...

Obs: Que tapa de pelica, heinh mãe!

Obs2: esse texto é uma homenagem a minha madrinha Elza, de quem eu morro de saudades...

DO OIAPOQUE...

Sorry, Bethânia!
Sorry, Gal!
Mas Elis Regina mata a pau!
Que eu estou mega hi-fi plus advantage apaixonado por Caetano, isso não há dúvidas.
Mas me deu uma vontade absurda de voltar a escutar Elis.
Comprei vários discos dela que saíram remasterizados.
Incrível a maneira ímpar que interpreta as suas canções: ela coloca raiva em As curvas da estrada de Santos (eu fico imaginando ela gravando essa música de Roberto e emanando vários castigos de técnicas medievais para seu então marido Ronaldo Bôscoli); angústia em Sentimental eu fico (como dói ouvir essa música. Depressivos em plantão, evitem!); coloca o ouvinte para fazer questionamentos existenciais em Agnus Sei; e mostra uma alegria contida em Colagem.
E olha que eu sou fã das baianas, acima mencionadas!

Escutar Elis tem sido “a dor e a delícia de ser o que eu sou”
Tem me conscientizado de que eu preciso dar férias para minhas personas.
E de ser eu mesmo daqui por diante.

Curtam Elis, em momento reflexivo, no programa Ensaio, gravado em 1972, na TV Cultura

http://www.youtube.com/watch?v=2JPnhwFJofk&feature=fvst


PS: nem eu to me agüentando, nesse momento “Barbara Heliodora no divã”.
Como diz o Painho: “AFFFFFFFF”!!!!

...AO MERIDIANO DE GREENWICH...

Por outro lado..
Se vcs ainda não ouviram, vale a pena conferir o trabalho da cantora inglesa Adele. Esqueça o sotaque ridículo dela! E a feiúra também! Canalizem a audição de vocês para a interpretação etérea e sombria dessa jovem artista.

Enjoy it!

http://www.youtube.com/watch?v=qz7vGW2_5c0

E DIZ..QUE É...O ILÊ...AIÊ...

Me deu uma vontade...
Abcega...
Abmuda...
Absurda... de escutar hoje pela manhã o cd Sol da Liberdade, da Daniela Mercury.

Não dá para não gostar dela. Graças a Daniela, todas as rádios, na época do estouro de O Canto da Cidade, em 1992, pararam de programar aquelas canções sertanejas de centésima quinta categoria.
A mídia de entretenimento tinha agora uma nova escolhida.
E, querendo ou não, ela sabe se cercar de ótimos produtores para fazer arranjos competentes, sem perder a sonoridade rítmica baiana, característica marcante em seus primeiros trabalhos. Fuja da fase “to em crise, quero ser Fernanda Abreu”, que ela chegou a fazer. O sol da liberdade – o quinto de sua carreira – é primoroso! Não tem aquela “pegada” de seus discos anteriores – especialmente se comparado à Feijão com arroz, seu melhor trabalho, na minha opinião – mas é bem sofisticado. Foi um disco feito para o mercado internacional. E a fórmula deu certo: vendeu quatro milhões de cópias no mundo todo.
O clipe de Ilê Pérola Negra é um desbunde! Dá orgulho em ser brasileiro!

PS: já passou a vontade...fiquem despreocupados...rarara

Aí um amigo meu perguntou: “Ah, mas tem a Ivete que destronou a Daniela”!

E eu pergunto: quem é Ivete, perto de Daniela?
Tirando o carisma (excessivo, pra ser sincero) e o belo par de coxas dela, ela á uma mera lactante, perto do conjunto que é Daniela.

Respondendo a pergunta de meu amigo, digo com carinho:
- Acho que a Ivete deve ter surgido de um arroto, que a Daniela deu comendo um acarajé...rarara!!!

Curtam o Ilê da Daniela - http://www.youtube.com/watch?v=CRnvgMkHM8g

BANANA IS MY BUSINESS

Pra fechar com chave de ouro, já que o assunto tem sido as cantoras baianas. Está passando no GNT o documentário Banana is my Business, sobre a trajetória de Carmen Miranda. Se Ney Matogrosso, Caetano Veloso, a própria Daniela e Madonna, que a homenageou na turnê The Girlie Show, são o que são, é porque eles tiveram uma grande mestra que ensinou a eles como ter "A" performance em um palco.


http://www.youtube.com/watch?v=M5t__A5KSA8

QUALQUER NOTA

Eu realmente não sei por que dão tanto destaque pra esse cruzamento de menina autista com os hobbits (no plurasl, mesmo!), do Senhor dos Anéis: a Malu Cagalhães. No show do B-52´s, vi várias “mini-Malu” desfilando na platéia. E a gente já dava aquela espanada:

- Sai pra lá, Malu Cagalhães!!!!

Elas se viravam, ora asustadas, ora raivosas.
- Ah, você não é a Malu? Sorry, lactante!!!!...rarara

O que ela costuma fazer de tão interssante? Dedilhar duas notas no violão e ficar grunhindo feito uma calopsita? Até o Jamanta, de Belíssima, faz (quer saber quem é o Jamanta? clique aí ao lado e digam se eu não tenho razão. Qualquer semelhança é MERA coincidência - http://www.youtube.com/watch?v=7SngvrGFdhM).
Como as pessoas tem interesse na internet por algo tão ultrapassado? Além de, mais uma vez, mostrarmos o quanto somos eternos colonizados, já que a música folk é americana. Espero que nunca apresentem essa gnoma para a Joni Mitchell.
Sobre o namoro com o Marcelo Camelo, eu nem perco tempo. Afinal de contas, eu brincava muito de casamento com meus bonequinhos “Playmobil”. E não acontecia NADA!!!....rarara

Sobre a piada acima mencionada: pra bom entendedor, meia palavra basta.

Quanto a você, Malu: vai lavar uma louça e passar um pano de chão no quarto, vai!

THAT´S ALL FOLKS!!!

Chega por hj, né?
Semana que vem tem mais.
Minha munição ta prontinha pra ser usada..
Aguardem!

Pra não perder o hábito





Sorry Periferiaaa!!!

xo xo....tchau