sábado, 2 de maio de 2009

NO ALARMS...NO SURPRISES

Para quem não foi ao show do Radiohead, perdeu uma grande oportunidade de abrir o ano vendo um show para lavar a alma de qualquer cristão que o pariu!
Como valeu a pena!
Cheguei bem no final do show do Los Hermanos. Mas estava sem um pingo de saco de ver aquele bando de teens punheteiros pseudo-existencialistas chorando em coro uníssono a cada música que a banda tocava. Em companhia do colega Dante, entramos na Chácara do Jockey para encontrar Betina e suas amigas. E fazermos uma festa à parte, diga-se de passagem.
O show do Kraftwerk passou batido. Não que eu não goste. Mas é um tipo de show que funciona em lugares de porte menor.
Whatever...
E a entrada do Radiohead foi triunfal! Eles começaram pontualmente às 22h15. E com todo o apelo visual – só no Thom Yorke tinham cinco câmeras – o grupo colocou o público a sua mercê: músicas do último trabalho – foram nove do In Rainbows – e uma sucessão de canções entoadas em coro pelos fãs ardorosos da banda. A primeira catarse da noite – Karma Police – fez correr apenas uma lágrima de meu olho. Mas meu coração trepidava. Eu me arrepiava de ouvir os uivos de Thom com seus falsetes dissimulados. E como a gente delirava a cada música do set list.
Ao final do show, ficou a tristeza pela ausência de No surprises do repertório. Por tudo que tinha passado, eu precisava escutar essa música pra dar pelo menos uns quatro gritos para acalmar minha alma.
Mas meu lado racional falou mais forte. O show foi impecável do começo ao fim!

PS: Ficamos sem No surprises. Mas os cariocas não tiveram chance de ouvir Fake Plastic Trees, que eles tocaram apenas aqui.
Ah...eles fizeram 3 BIS...tá bem, meu bem?