terça-feira, 2 de setembro de 2008

Balangandans de Ná...

No meio da correria do stress da vida moderna, ligo para meu amigo Nel - a quem eu chamo carinhosamente de “o grande produtor do asilo da MPB” – para combinarmos de sair na sexta à noite. Ele me convida para assistir o show “Balangandans”, com Ná Ozzetti cantando o repertório de Carmem Miranda no teatro da Fecap. O mais estranho foi que topei na hora, sem sequer me lembrar o quanto você precisa estar num estágio bem avançado de ioga para ver pacientemente a um show de Ná.
Mas aceitei o desafio de testar minha tolerância.
Chegando à Fecap, vi que Nel ainda não tinha chegado. Se tem algo que me incomoda – e muito – é eu chegar antes de qualquer pessoa que tenha combinado de fazer qualquer tipo de coisa. Me dá a sensação de que vou levar um tremendo “bolo”. Começa a me dar calafrios, uma sensação muito ruim...
Mas isso é coisa de gente neurótica ou carente...

E no meu caso, prevalece mais a primeira opção.

Já liguei para saber onde ele estava. A minha sorte é que Nel estava próximo.
Chegando próximo à bilheteria, me deparei com uma conhecida com quem tinha trabalhado. E ela estava bem maquiada..
Deus Pai!!! Ela estava MUITO maquiada!
Não tive como não lembrar da sitcom “A sete palmos”. Porque parecia que ela tinha sido maquiada para entrar num caixão, tamanha a quantidade de ARGAMASSA QUARTZOLIT que ela passou no rosto!!!
Bem que ela poderia ser garota propaganda...da Helena Frankstein...rarara!
Voltando ao assunto...
Nel chegou e fomos assistir ao show.

Afff! O que dizer sobre o show de Na...

Pra começo de conversa, acho corajosa uma cantora com um vocal extremamente técnico e jeito contido no palco se aventurar em interpretar Carmem Miranda. Sob esse aspecto, Ná merece vários pontos positivos. Além disso, ela tem o mérito de se cercar de músicos de respeito (Mário manga, Dante Ozzetti, entre outros) que acertaram em cheio nos arranjos.
A luz estava...justa! Não sobrepujou a artista.
Pelo contrário, complementou o conceito artístico do show.
Mas é lógico que uma raposa felpuda como eu tem que ver algum defeito...
A cada final de uma interpretação, Ná tinha alguns “tiques” devido ao nervosismo de estar no palco. Ela fazia umas caretas que parecia o Chuck, do Brinquedo Assassino..rarara!
Uma artista fina como ela, não pode se atrever a querer fazer passinhos improvisados para “animar” o show.
Pô, Na!!! Eu prefiro você bem mais centrada, quietinha no palco, mostrando aquilo que eu considero um trunfo: a serendidade e ao mesmo tempo, firmeza de sua voz!
Aqueles passinhos faziam você parecer aquela boneca da Estrela...a (La, Le, Li, Ló) LU PATINADORA......rararara!!

Tirando isso, Ná foi impecável...
E fez a minha alma ficar bem leve...

...pra depois ir tomar um belo cosmopolitan no Mestiço!

Sorry, Periferia!!!!