terça-feira, 2 de setembro de 2008

Povo lindo, povo inteligente....

Sei que vou receber pedradas por escrever esse texto..
Mas não sou obrigado a ouvir mais discursos esquerdistas decadentes..
Afinal de contas, o comunismo acabou há séculos!!

Acabo de chegar de um coquetel de lançamento do documentário "Povo lindo, povo inteligente".
O enredo, bem simples: filmar as noites de sarau que acontece todas às quartas no bar do Zé do Batidão, em Campo Limpo Paulista, com aspirantes a poetas na periferia de São Paulo. O que poderia ser considerado um achado no filme..
..se tornou um equívoco.
Para começo de conversa: por mais que um documentário não tenha uma captação de recurso decente – como por exemplo, filmagem em película – ele consegue, com um bom roteiro, se sobressair da falta desses recursos e realizar um trabalho justo, preciso. Já assisti vários nessas condições.
Mas "Povo lindo, povo inteligente", vai pela tangente. Um roteiro fraco, decepcionante e completamente maniqueísta!!! O filme tenta decolar, mas faz pouso forçado do início ao fim.
Os poetas, com suas camisas de ícones pops – de Che Guevara a Evanescence – com suas prosas, poesias “contra o sistema”...
Contra o sistema....

Que coisa mais Pré Muro de Berlin!!!!

Alguém bem que poderia avisá-los que o Muro foi derrubado há um bom tempo.

Mas as pérolas não acabam. Os próprios "manos" da periferia, que semrpe reforçam – em bold e itálico – o quanto sofrem preconceitos, mas caem em contradição por se manifestarem com um discurso totalmente preconceituoso às avessas. Diz uma certa senhora no nosso “social doc”:
“Sou PAULISTANA, ta me entendendo. PAULISTANA...
MAS...
Sou filha de baianos..MAS com orgulho..

A própria fulana tem preconceito contra a própria estirpe!!!
Outro diálogo do filme, uma “tia” diz: “As pessoas acham que aqui só tem violência, MAS tem cultura também, viu...
E QUEM disse a ela que nós – pessoas bem informadas – não somos cientes que existe cultura na periferia...
Essa visão parcial do filme só faz o preconceito se acentuar...
Fora que o filme tem uma péssima montagem e é mal editado.

Meu amigo Nel dormiu o tempo todo. Já Betina, precisava urgente de uma caipirinha com Lexotan!!!

Um dos raríssimos momentos interessantes do filme, uma senhora declama a seguinte poesia:

“ Minha mãe me avisou
Que a mulher mata o homem...
...mas hoje entendo bem
Que a mulher não mata...
...consome!

É minha senhora...
..isso só me faz lembrar o quanto esse filme consumiu minha paciência...

Que filme mais maniqueísta!!!
Quanto ao nome do filme..
Quanta pretensão, heinh...