quarta-feira, 28 de maio de 2014



Não dormi direito de novo. Tinha acordado às 7h para ir ao banheiro, mas quando retornei para minha cama, perdi o sono. Acordei graças ao interfone da portaria, avisando que a diarista acabara de chegar. Almocei no Moinho com minha amiga Val. Ficamos dias sem nos vermos. Colocamos o papo em dia. Fomos nos encontrar com Helô na Margô, pra fazer uma linha tricô. Em meio a um expresso, que tinha prometido mentalmente a mim mesmo não tomar para não ficar elétrico à noite, ficamos vendo o início da Sessão da Tarde, com aquelas dublagens que chega a humilhar o trabalho digno de um bom ator. Como tudo tem piorado, ultimamente. Em um devaneio cênico e cínico Helô disparou: não alimente o ódio. Alimente alguém. Daria uma ótima publicitária. 

Tivemos 15 minutos de atividade física, com dois instrutores em pleno expediente, para participarmos do Dia do Desafio. Mulher não tem a elegância de disfarçar, não é mesmo? Não pode ver homem interessante. Interessante, eu digo, para os padrões delas. Não tem a sutileza, a discrição e a fineza que uma gay sabe ter. Juro que não entendia o que o garoto tinha de interessante. Eu já o tinha conhecido em uma reunião, mas fiz a Kátia total com ele: não estou vendo nada. Mas valeu a pena ter feito um bom alongamento.  Ele veio depois, me cumprimentou e eu fui cordial. Fiquei com Sidênia e Fernanda para escolher os destaques da programação para o site. Escolhemos o documentário Rio Negro, com Dráusio Varella. Me lembrei de uma dupla de música sertaneja e soltei: Rio Negro e Solimões. Sidênia complementou: a primeira dupla fluvial do Brasil (risos). Me distraí por um momento, com uma música bem descartável na cabeça: “Roar”, da Katy Perry. Michael Jackson realmente faz muita falta no cenário pop.






Jessé deixou para eu ler um texto daquela autora que eu esqueci o nome. Fez a novela...isso, Walcyr Carrasco. O tema era fantasias sexuais. Que sofrível de se ler. Fiquei por um instante querendo saber se de fato ele estava brincando com a minha cara. Sabe aquele texto cozido, requentado? Que é tão óbvio nas suas indagações e conclusão de raciocínioÉ óbvio que todos temos, sim, fantasias sexuais que não consideramos permissivas; é óbvio que todos nós temos segredos que não contamos nem para nossa sombra. Com quem ele está querendo estabelecer contato? Com os gremlins?





Juçara me ligou e eu retornei sua ligação. Saudades dela. Combinamos de assitir Walmor Y Cacilda, do Zé Celso, nesse fim de semana. Conhecendo Zé Celso como nós, ela perguntou a duração da peça. Eu disse 2 horas. Ela questionou: Só?

Fui no Engenhão para comer algo. Os atendentes quiseram puxar papo. E eu aproveitei para me divertir. Disse que tinha feito muito frio de madrugada. O chapeiro me respondeu que ele nem sentiu o frio, pois ficou “nhunhando uma hora sem parar em cima da muié dele”. Fiz a linha que não tinha entendido e comecei a rir mentalmente. Bofes adoram enaltecer a virilidade do ego. O assunto me deu fome e não resisti: chesse-calabresa. Uma fofa que também trabalha lá entrou na conversa. Uma gracinha de feia. Tem estrabismo. Mas é extrovertida e tem sendo de humor. Com essas características fiquei numa dúvida, mas depois concluí: é sapatão.

 Na saída, em direção ao metrô, Juci, Helô, Manoel e eu caminhamos pela horrenda radial leste para pegar o metrô. Fiquei um pouco pra trás, vendo eles tagarelando, quando Juci fez a pergunta que eu estava doido para alguém me fazer: o que eu tinha achado do instrutor que nos deu os exercícios de atividade física. Ela comentou, numa entrelinha geral, que as meninas (e ela) tinham achado o bofe bem interessante. Fui decupando: disse que ele tinha um conjunto estranho, a começar pela bunda enorme, os braços finos, desproporcional ao corpo, as canelas finas (me desculpem, mas homem de canela fina é o fim) e um cabelo de quem usou tintura Márcia e deixou secar no sol. Além das piadas prontas que ele soltou, durante os exercícios. Juci ficou impressionada com a resposta, achando que eu iria concordar com elas. Eu apenas concluí que em matéria de decupagem estética, sou uma ressonância magnética.

Terei que desmarcar minha terapia amanhã, mas é por uma boa causa: conseguiu convite para um bate papo no Teatro Célia Helena, com a Maria Adelaide Amaral. Luxo. Espero que a reunião da tarde de amanhã não atrase.

Vi uma foto atual da Brigitte Bardot e me assustei. Ela está a cara da Wilza Carla.