sábado, 25 de abril de 2015

Brumadinho amanheceu com o céu encoberto. Acordei e me pus a ficar de pé para observar, mais uma vez a paisagem brejeira. Me emocionei ao ver o orvalho dançando sobre as folhas. Me joguei no Ipod e deixei o randômico explorar a energia do lugar. Quando a música começou a tocar, não tinha como dar o stop. Fui escovar os dentes, com o fone de ouvido no talo. Ouvindo essa canção, senti o doce sabor do café da Mogiana.




Juçara me ligou perguntando se eu tinha esquecido de passar em seu chalé para tomarmos café. Ela estava mega ansiosa para desbravar Inhotim. Tínhamos combinado um horário, é verdade, mas acabei esquecendo. Me colei, sem abrir mão de meu óculos de sol a La Bono Vox (até porque eu não sou obrigado a ser simpático às 8 da madrugada) e fomos tomar nosso breakfast.

Leonardo nos pegou pontualmente às 9h30. Como bom cavalheiro, subiu para nos pegar. Eu estava encantado pela sua doçura. E tinha um sorriso lindo, se bem que deduzo que ele não deve sequer achar isso. O percurso foi rápido, 10 minutos. Perguntei para Leo o que os moradores achavam de Inhotim e ele respondeu que muita gente detesta o Instituto. Juçara estranhou, afinal o Parque Cultural possui uma boa relação de funcionários, o que deve empregar metade da cidade. A Ju perguntou qual era a população do lugar. Leonardo disse que em torno de 15 mil, mas ele reforçava que (risos) “em termo de área total, era maior que BH”. Eu não parava de rir.

                     
Leo nos deixou na porta de acesso ao parque. Nós começamos a tremer de emoção. Leo nos perguntou que hora queríamos que ele passasse para nos levar de volta. Ju e eu falamos horas diferentes, no mesmo tempo. Na verdade, eu não tinha prestado atenção na pergunta dele pois já estava fascinado pela atmosfera do parque. A renite alérgica que cultivo me deu trégua e respirei aliviadamente o ar puro de Inhotim. Meu corpo formigou de emoção. Juçara perguntou até que horas funcionava o Parque e Leo disse que fechava às 17h30. Não pestanejei: disse para nos pegar na última hora. E um detalhe que me fez ficar apaixonado por Léo: ele nos avisou que assim que chegássemos na entrada de acesso ao parque, deveríamos ir direto ao caixa sem entrar na (imensa) fila para pegarmos os convites. Porque nós merecíamos ser tratados como celebridade pseudocult vanguardista (risos). Quando chegamos direto ao caixa, olhei pra trás e pensei: “Maria de Fátima,de Vale Tudo iria adorar participar dessa cena”.