quarta-feira, 1 de abril de 2015




Recebi um torpedo um tanto quanto estranho e tempestuoso logo no começo da semana. A mensagem de tom raivoso dizendo o seguinte:  “meu nível (leia-se o nível da pessoa) de educação é auto (sim, a pessoa escreveu dessa maneira), você (sou eu mesmo) que é afobado e acelerado e só você tem razão”.  Disse para eu ser mais humilde e que (risos) quando se morre não se leva caralio nenhum. Terminou a mensagem dizendo que estávamos kits e se despediu. Assim que terminei de ler, olhei para o número do celular e me lembrei de quem era. Uma ausência de rapaz que conheci há um certo tempo e que tinha mandado passear e tomar rumo na vida. Fui reconstruindo na minha mente nossa última conversa, quando nos falamos pelo celular. Discutimos e ele desligou o telefone na minha cara. Mandei um torpedo louvando a (falta) de educação dele. E ele manda (risos) dois meses depois seu direito de resposta? Que tipo de atraso de cérebro ele tem? Esperar tudo isso pra pensar numa resposta? Cuidado, que rancor dá câncer, viu (risos).


Fui comemorar o aniversário de meu amigo Nelson na segunda-feira. Ele já tinha mandado convite avisando que iria comemorar no bar Tatu, em Pinheiros, onde fica o restaurante Jacarandá. Saí correndo para dar tempo de tomar uma ducha, me colei e peguei um táxi para o shopping Frei Caneca comprar seu presente. Vi uma camiseta de São Sebastião linda da loja Nonsense e achei que era (risos) a cara dele. De lá, peguei um táxi e fui para o bar. O taxista  estava ouvindo uma rádio de apelo popular, com uma programação extremamente, digamos,  democrática. Quando entrei no carro, estava tocando uma música sertaneja horrível. Enquanto explicava para ele o melhor trajeto para chegar ao bar, o sertanejo deu espaço na sequencia para o hino de velório I will Always love you, da Whitney Houston. Foi a brecha para estabelecermos uma conexão. Com um sotaque malemolente, perguntei a ele de onde vinha seu sotaque. Era baiano. E eu amo os baianos. O papo foi rápido em função da corrida rápida. Nem deu tempo (risos) de pegar o whats dele. Fica pra next.

Cheguei na hora que cantavam o parabéns para Nelson. Esperei finalizar o canto para entrar, cumprimetá-lo e entregar seu presente. Alguns bons amigos estavam presentes: Guete, vestida de preto e com um belo decote, pronta para o abate (risos); Sílvio, que foi sem seu marido, uma graça de pessoa. Me falou que fará uma viagem pela Itália, desbravando o norte do país, principalmente Milão. E me deu boas dicas para desbravar a Califórnia, lugar que estou desesperado para conhecer. Antes que o Estado Islâmico tome conta (risos); Mônica também estava lá. Aliás, foi ela que me apresentou o Nelson e já são quase 15 anos de amizade. Passei por todos para dar um oi e quando me sentei vi que Sérgio Pêra também estava presente. Ele é o que podemos chamar de escudeiro da Marília Pêra. Eu o chamo (risos) de Zilka Salaberry, tamanha a semelhança fácil dele com a eterna Dona Benta. Ele e Marília são amigos de longa data. Gosto dele, mas ele tem aquele tipo de perfil que só sabe falar de assuntos que interessam a ele. E o que é pior, sempre repete o mesmo assunto. E quando a pauta é sobre Marília, ele monopoliza a conversa em torno dela. É realmente cansativo. Chegamos a sair juntos, mas detesto pessoas que só te procuram quando lhe convém. Acabei não falando com ele.

O set list de músicas estava bom, muita disco music, clássicos dos anos 80 e 90 pra não deixar a festa cair no ânimo. Perguntei o nome do Dj e Nelson falou que se chamava Frajola. Ficou faltando saber quem iria se vestir de Piu-Piu para ser comido por ele (risos). Mas o melhor momento foi a Guete pedir para o Dj tocar (risos) Perla. O Nelson adooooooora Perla. Frajola colocou “Fernando”, para deleite saudosista de todos. Com a festa quase no fim, Elídia chegou toda exuberante, parecia uma sacerdotisa do Ilê Aye. Se bem que ela me lembrou bastante a cantora Rosa Maria (risos).


A festa terminou por volta de quase meia noite. Peguei o táxi para casa. Cheguei sem sono e dei uma zapeada na tv.  Coloquei no canal Sony para ver aquela bobeira do The Voice. Duas aspirantes ao estrelato pop cantavam juntas a mesma música. A melhor passava para a próxima fase. Quando a Sirene Aguilera deu seu veredito, veio o apresentador fazendo aquela cena necessária para segurar a audiência, dizendo um texto assistencialista para a derrotada. A fulana então antes de dizer adeus ao programa, agradeceu a todos e falou que se sentia “vencedora”. Vencedora de ser...eliminada?