quinta-feira, 7 de abril de 2016


Acho que os remédios homeopáticos estão começando a fazer efeito. Acordei às 9h e bem disposto, animado. Me arrumei e tratei de pegar o rumo do trabalho, indo ao metrô. Geladeira vazia, não tinha nem um iogurte. Preciso fazer compras com urgência.

Um calor insuportável pedia passagem na rua. Estamos mesmo no outono? Entendo que no outono o clima fica mais seco, mas a ponto de vir um verão tardio não há pulmão que aguente. Passei no banco para desbloquear meu cartão novo. Tive que bloquear o antigo porque uma ratazana que mora em algum buraco no Rio de Janeiro usou o número do cartão para fazer uma compra. Depois de passear por dois caixas eletrônicos, consegui desbloqueá-lo. Me apressei para pegar o metrô, estava muito abafado. E quando se entra no vagão, aquele choque térmico com um ar condicionado que me remeteu a algum lugar na Sibéria, de tanto frio que fazia. E lá vou eu colocar minha jaqueta para proteger os pulmões. Sorte minha que tinha um lugar para sentar.



Assim que o metrô saiu da estação Santa Cecília, em direção à estação República, mal coloquei o Ipod no ouvido quando escuto um ogro berrando e andando de forma descompassada, sem rumo. Tirei meus fones para ver do que se tratava, era apenas um ambulante vendendo suas porcarias genéricas. Tinha pensando que se tratava de um (risos) assalto. Esses ambulantes devem ter tantos traumas para resolver, coitados. São muito feios. Eles têm o perfil de ser daqueles tipos que misturam (risos) banana para comer com arroz e feijão (aliás, se você também faz esse tipo de mistura, interne-se. Isso não é natural). Quando eles entram no metrô (já cheguei a contemplar 3 no mesmo vagão), olham de quina dos dois lados para ver se não tem nenhum segurança e dão o start já nos 220 volts metralhando informações às pessoas naquele português chulo. Me vem na cabeça uma cena de filme de horror. Como se eu estivesse em um (risos) baile de máscaras. Passado o susto do ogro, me recolho a meu mundo interior de dentro de mim mesmo com a ajuda do Ipod e começo a prestar atenção em uma moça desfilando pelo vagão, com a camiseta escrita “Faça Yoga”. Ela com certeza precisa reforçar em dobro as suas aulas. Junto com os seus 220 kilos (risos).