domingo, 3 de abril de 2016

Tirei o domingo pra curtir preguiça. Acordei às 9h para ir ao banheiro e aproveitei para ver um pouco a TV. Estava passando a final da Superliga Feminina de Vôlei. Pela primeira vez, o Praia Clube de Uberlândia ficou entre as finalistas para jogar com o Rexona Ades do Rio de Janeiro. Quer dizer, o time das pererecas do brejo versus as sapatonas mutantes (risos). As jogadoras do Rio são muito Keith Mahoney (ih, não é da minha época? Te ajudo a descobrir quem é a "moça": https://www.youtube.com/watch?v=ki2PZTk51AQ). Misturada também com Cássia Eller e (risos) uma pitada de Rô Rô. Aliás, o time do Rio mais uma vez jogou a final. Vi o segundo set emocionante onde o Praia conseguiu virar o jogo e ganhar das sapatonas. Estava torcendo para as pererecas, mas minha intuição me deu um toque que o melhor era voltar pra cama. Quando acordei again o inevitável: as sapatonas ganharam mais uma vez. Mas acho que elas são muito masculinas graças ao Bernardinho. E eu amoooo os surtos psicóticos que ele dá na quadra (risos). Juro que me dá tesão. Me levantei para dar uma ajeitada no apê e fazer um café. No cardápio, omelete com tomates, queijo e cebola, junto com uma caneca de chocolate com Toddy.  


Fui checar o Facebook e aquela avalanche de notícias sobre...política? É sério que em pleno domingo, com um sol desses, onde as pessoas podem aproveitar para dar uma caminhada na Avenida Paulista ou se jogar em algum parque para relaxar a cabeça, pensar no nada, olhar e flertar com os seres humanos... e jura que existem pessoas extremamente alienadas, em algum quarto fechado em sua casa, demonstrando todo o excesso de radicalismo – de ambas as partes, diga-se de passagem -  para vomitar suas análises políticas esdrúxulas sobre política? Pelo amor de Abraão, isso já está ficando doentio.   Zygmunt Balman foi certeiro nos alertar em seu livro, “O amor líquido” que estamos vivendo a era do “convívio da destruição”. Essas pessoas loucas já devem estar emboloradas, dentro de seus QG´s virtuais. Que Deus tenha complacência delas. Eu fico pensando em meus devaneios se Deus não tem um pingo de vontade de jogar (risos) um raio gourmetizador e acabar com todos nós. Ele tem sido muito paciente conosco.


Mandei um whatsapp para Júlia, que está aqui em São Paulo. Eu a conheço desde pequena na época de faculdade, quando os pais dela – Mauro e Rosita, ainda eram casados e moravam no Rancho. Quer dizer, Ribeirão Preto (risos). Era um catatau de gente. Além de Júlia, elas tiveram também a Nina. Esta era um porrezinho (risos). Mais temperamental, eu diria. Julia iria trabalhar como iluminadora, mas ela é artista de circo. Bem, espero que eu tenha acertado na definição. O espetáculo "Hominus Brasilis" ficaria em cartaz apenas neste final de semana na Caixa Cultural, aqui em Sampa e queria muito ir prestigiar seu trabalho. Ela me marcou semana passada no Face e me convidou para ir. Só que eu achava que ganharia os convites da produção, já que a Caixa Cultural disponibiliza os ingressos uma hora antes do espetáculo. Sempre grátis .  Como ela fez a linha (risos) “baixinho com Down” da Xuxa e não falou mais nada deduzi que o convite não rolaria. Hoje pelo whatsapp ela me informou que a peça foi um no sábado e me avisou que a Caixa Cultural mudou sua forma de disponibilizar os ingressos. Agora eles distribuem a partir das 9h da manhã. Fiquei um pouco puto por ser pego de surpresa. Nos despedimos e ela iria tentar conseguir um convite. 

Dicadelira: entre no site da Caixa Cultural (http://www.caixacultural.com.br/sitepages/unidade-home.aspx?uid=9) e dê uma fuçada na programação. Tem três exposições incríveis por lá, duas de incomodar o esfíncter. Já tenho o esboço do texto sobre elas. Publicarei nessa semana.

Tomei meu breakfast, me colei e fui dar pinta na rua, depois de um bom tempo sem ver a civilização. E tudo no mais perfeito caos. Trânsito horrível, pessoas sem paciência se xingando, notícias de briga de torcidas com uma morte, pessoas porcas jogando lata de cervejas na rua. Uma autêntica Babilônia Caída, como bem define a Bíblia. Me apressei para pegar o metrô. E o Ipod Randômico começou bem seu setlist.


Descida na Estação Sé para uma breve caminhadinha pela praça, até chegar na Caixa Cultural. Fiz aquele flash rápido e só via “entidades da esquerda” contrastando com o belo desenho arquitetônico da praça e suas árvores ainda dando respiro. Em plena tarde. Falsos profetas berrando para uma pequena plateia, amaldiçoando a todos que não escolhessem o caminho de Deus. Até a Igreja incorporou a raiva alienada que se espalha pelos ares. Pena não haver vacina para isso. Só nos resta apegarmos no terço e rezar.



Como já era esperado, Júlia não conseguiu o convite, os ingressos acabaram, mas decidi não perder a viagem. Olhei a programação e me interessei pela exposição de arte aborígene australiana, que estava visível no andar térreo do espaço cultural. E eu nem iria imaginar que teria um belo necessário momento de reflexão com as três densas exposições que fui visitar. Fiz a linha “Se joga, Ariclê” e comecei a embarcar naqueles três mundos distintos e assustadores que eu estava entrando.  Mas isso é assunto para um outro texto. O ipod, no randômico respondeu à altura para me eletrocutar, pra lá do Mundo de Alice.