Sensação boa acordar pela manhã, ouvindo o barulho da
chuva. Depois da chacoalhada que Freud me deu, no fim da noite de ontem, tive a
obrigação de me levantar bem disposto para a incolor, pero no mucho, vida real. Sei que não posso reclamar. A terapia e
os florais têm me deixando mais animado, com vontade de fazer as coisas. Estou
nesse estado de espírito. O ânimo é tanto que nem fiquei de mal humor com o
metrô cheio. E não tive chance de sentar. Pra ajudar, esqueci meu fone para
escutar o ipod. E em pé, as possibilidades de se fazer algo para passar o tempo
são mínimas. Ler, no way, pois perco a concentração. Paciência. Fiquei
contemplando o zoológico à minha volta. Aproveitei e mentalizei uma música bem bacana, pra passar o tempo.
Na saída do metrô Belém, subindo a escada rolante, vejo
Ricardo, um colega de firma. Não quis me aproximar. Não tenho vocação para
fazer a linha “moça do tempo” em ser super simpático e sorridente para puxar
assunto. Pra isso, nem o floral ajuda. Com
o meu guarda chuva laranja, fiquei observando ele, de longe. É tão feinho,
coitado. É uma tábua, tamanha a falta de sustância. Sem cor, sem sex appeal. É
o tipo de homem que mulher não transa nem por compaixão (risos). Além de ter um
mal gosto em curtir rock progressivo. Rock progressivo dá muito sono. Prefiro o
rivotril.
E o +Globosat mal estreou e já começa a repetir de forma
desgovernada os programas de sua grade. Uma pena, pois têm programas de ótimo
conteúdo e faz uma boa diferença na TV fechada. Até porque é um canal que, ao
lado do Arte 1, do canal Curta e alguns programas do Canal Brasil, se salva da
lavagem cerebral que a televisão tem se tornado. Triste ver essa grande mídia
impondo o que você deve ver, deve escutar. Desculpe-me, mas eu não
sou figurante do Walking Dead pra
ficar nessa tecla de repetição constante.