Dê o play antes...e boa leitura
O sol já estava dando seus sinais
de preguiça enquanto estávamos curtindo a brisa boa da praia da Princesa.
Comemos um filé de pescada delicioso e fresquinho. E nos esbaldamos em tomar um
refrigerante típico do Pará, o guaraná Cerpa. Achava que tinha apenas a cerveja
dessa marca. E eu fiquei viciado nesse refri. Apesar da preguiça de voltarmos caminhando até
a pousada, nos arrumamos e despedimos de todos que cuidaram da gente durante o
dia, na barraca de Leila. Na hora de nos despedirmos de Sanjaia, ela veio,
pegou minha mão, apertou e olhos nos meus olhos, dizendo que “eu era porreta”.
Ela quis me abraçar. Juro que pensei que ela queria (risos) quebrar uma louça comigo. Mas foi só
impressão. A cada frase que falava, terminava sempre com um “em nome de Jesus”.
“Eu adorei vocês, vocês são demais, em nome de Jesus”. Nos deu dicas do que
curtir à noite em Algodoal. “Apareçam lá no Mopeua, vai ter apresentação de
Carimbó. Em nome de Jesus, vocês têm que ir” (risos). E com nome de Jesus não
se brinca. Confirmamos que iríamos nos encontrar no bar.
Voltamos bem devagar pela praia.
A maré estava baixa e com isso, conseguimos atravessar a pé o local onde de
manhã atravessamos de canoa. Entramos na rua da casa do IML, seguimos reto e
passamos novamente pela imensa mangueira em formato V (dá uma olhada na foto que tirei dela no texto de ontem: http://omundodelira.blogspot.com.br/2015/09/algodoal.html ). Imensa
e magnífica.
Chegamos na pousada. Sávio nos
avisou que um guia tinha passado e perguntado se não queríamos fazer algum
passeio. Perguntei se ele voltaria e Sávio respondeu que sim. Disse então para
falar ao guia que tínhamos interesse em passearmos nos dia seguinte. Pedi uma água pet de 1,5l e fui tomar uma
ducha. Por ser uma região bem quente, os chuveiros dos quartos eram frios. Frios
até a página 2, pois a água descia de forma natural, quase morna. Só fiquei
incomodado realmente com a cor rosa calcinha do meu quarto. Muito deglacê.
Descansamos um pouco para mais
tarde chamar Juçara e darmos uma volta pela Ilha. Estávamos famintos e pedimos
uma dica para Sávio, que nos falou do restaurante de Dona Ilza. Fomos
caminhando pelas ruas de areia da vila quando nos encontramos com...Sanjaia.
Acho que ela deve ter visão raio X porque nos avistou a quilômetros de
distância. “Ah, eu não acredito que já encontrei vocês. (risos) Em nome de
Jesus”. Nos indicou de comermos num PF ao lado da pousada onde estava sentada,
mas declinamos. Queria comer algo mais caseiro. Assim que nos despedimos,
Sanjaia nos repreendeu: “Como assim? Vamos nos ver no Mopeua, minha gente, em
nome de Jesus”. Para não me indispor com Jesus, acenamos que nos encontraríamos lá.
Encontramos o restaurante de Dona
Ilza. Pedimos um filé de peixe típico da ilha chamado Gó. Bem original para um
peixe nativo de AlGOdoal (essa foi péssima...sorry). Um menino cor de jambo de nome Élisson nos
atendeu. Dona Ilza é bem esperta. Coloca todos
os filhos para trabalhar. Ótima gestão com a relação custo benefício. Nos
infartamos de comer. O mais prazeroso é que além de você comer e se satisfazer
super bem, tem a vantagem de pagar uma quantia pífia, simbólica, eu diria.
(Filé de peixe com arroz, farofa, vinagrete e purê: R$40, para duas pessoas).
Passamos pelo Mopeua e não vimos
Sanjaia por lá. Só tinha losers, quer
dizer, velhos hippies que ainda acham que vivem a era de Woodstock. Só de
vê-los já me cansa. Voltamos para a Estrela Sol, para guardarmos nossas
energias para o dia seguinte.