sábado, 19 de setembro de 2015



Tudo pronto para a viagem, rumo ao litoral do Pará. Deixei para organizar a mala dois dias antes para não ter aquele stress básico do que não esquecer. Organizar o roteiro de viagem me desgasta bastante. Principalmente quando a viagem terá outra pessoa para te acompanhar. E Juçara, mais uma vez, irá se aventurar comigo. Depois de Inhotim, ficamos muito mais próximos do que já estávamos e combinamos de fazer algo no meu período de férias. Mas quase achei que não iria acontecer, já que tive que retirar a hérnia. Mesmo com o tempo curto para fechar, consegui comprar as passagens por um preço até razoável. No caso da hospedagem, me joguei no site da Trip Advisor para fazer toda a pesquisa. Lógico que intuição nessas horas ajuda muito. Pelo menos para desempatar caso você esteja num dilema sobre qual pousada escolher. Depois das escolhas de hospedagem e passagens, acrescentei alguns tranfers, gastos com alimentação, com souvenirs e.....pronto: vou gastar bem menos do que esperava. Tem valido mais a pena pesquisar e fechar por conta própria. Por mais trabalhoso que seja,  é muito mais prazeroso. Principalmente para o meu bolso. 

(Nota delira: pra quem deseja fazer um roteiro por conta própria, mas ainda se sente inseguro, entre no site da Trip Advisor. Ele faz todo apanhado da cidade que você quer conhecer. Lista pousadas, o que conhecer no lugar, restaurantes, tudo sob a ótica de quem já foi e deu sua avaliação. Vale realmente a pena. Se joga, Ariclê: http://www.tripadvisor.com.br/)


Com tudo pronto, ou melhor, que eu achava que estava tudo pronto, Juçara me liga para saber do horário do vôo. Se bem que (risos) ela me ligava todos os dias para saber do roteiro. Estava ansiosa. Mas ela me alertou para um pequeno detalhe: me perguntou se já tinha fechado um táxi. Deu um alerta vermelho em meu cérebro. Ainda não tinha resolvido esse impasse. Como o vôo estava marcado para 5h45, precisávamos estar lá pelo menos uma hora e meia antes da decolagem. E de madrugada não dá para ir com qualquer taxista. Como tenho a neura de que tudo tem que dar certo na viagem, fiquei pensando em algum taxista bacana para nos levar. Dei uma olhada em minha agenda e me lembrei de um que me atendeu há alguns meses, quando fui jantar na casa de André. Aliás, abrindo um breve parênteses: ainda irei escrever a respeito desse dia. Foi sublime.

Vi o nome do taxista: Paulo. O nome dele ficou vagando pelo meu whatsapp por meses porque ele não tinha colocado nenhuma foto. E você acaba se perguntado em algum momento quem é a pessoa que está em sua agenda. Como a foto dele apareceu, me lembrei da graciosidade que ele me atendeu no dia que nos conhecemos. Sabe aquele tipo de rapaz quase perfeito? Aquele tipo que tem uma pele linda, um olhar bonito, que te olha sem qualquer tipo de preconceito, tem um sorriso escandalosamente encantador, uma voz macia que mistura malícia com ingenuidade? E aquele corpo....quer dizer (risos), aquele corpo eu não vi e não posso falar nada a respeito. Mas um sujeito que te faz sentir bem. Batido o martelo com (risos) todas  as justificativas aprovadas, mandei um whats pra ele. Me apresentei dizendo que ele já tinha me levado em uma corrida. Ele prontamente respondeu, sempre educado, “agradecendo a preferência” (risos). Achei demais já entrar com esse texto e fiquei tentado a perguntar se ele se lembrava de mim, mas aí achei melhor não perguntar porque se ele dissesse que não eu iria ficar bem puto. E ele (risos) perderia a corrida. Marcamos o horário para ele me pegar às 2h30.


Como eu não iria sequer tirar um cochilo, já que a ansiedade não iria ajudar, liguei para Lucas passar em casa. Nos conhecemos numa padaria perto de casa. Ele estava com uma garota, se sentou e me viu olhando pra ele. Quando a moçoila foi se servir com “uma” salada, quer dizer (risos) com “uma” folha de alface no prato, ele ficou me olhando com uma cara de safado. Resolvi arriscar e pedi para uma garçonete cúmplice dar meu whtas para ele. Demorou para acontecer, pois tive que ir embora. No dia seguinte, um whatsap dele. E aí, é só a sua imaginação se permitir fantasiar.


Lucas passou em casa depois do trabalho. Ficamos juntos até um pouco mais de meia noite.  Queria que eu emprestasse um livro para ele ler durante minha viagem. Perguntei que tipo de leitura ele queria ler e aí me respondeu que queria algo para se pensar na vida. Eu virei e respondi que não era fã de livro de auto ajuda. Sugeri um livro de poesia, da Adélia Prado. Pediu para eu separar, que ele levaria. No final das contas, conforme previsto, ele foi embora sem levar o livro. O azar é só o dele.