quarta-feira, 5 de agosto de 2015


A hérnia minha de cada dia demorou para dar uma trégua nesse mês enfadonho que foi julho. Com a descoberta da dita cuja, cheguei a ficar acamado e dias de repouso, além de idas ao hospital. O pior de tudo é que não há remédio para sanar ou pelo menos amenizar a dor. Também com um nome desses como doença. Não parece nome de alguma deusa da mitologia grega? Hérnia,a deusa da inconveniência (risos). E da falta de libido também. Como ela me faz querer mijar toda hora, fica difícil conciliar o tesão com as vias urinárias urrando para sair o jato. E aí sai aquele pingo de xixi. Já é o preparo para me acostumar com a (risos) incontinência urinária na 3ª, 4ª, última idade.


Como não posso fazer esforço físico, tive que dar um tempo com a atividade física. Tinha voltado dois meses antes da “grande descoberta”. Sim, eu voltei mesmo a fazer condicionamento físico. Consegui uma vaga no SESC Consolação e estava super feliz e animado com os exercícios dados pelo meu instrutor. Ele é uma graça. Se chama Vinícius. Logo na primeira aula, ele me perguntou o que queria e eu pensei: “quero você” (risos).  Disse que queria apenas perder uma gordura localizada na barriga e alguns exercícios que não me fizessem enjoar de ir à academia. Ele sacou logo o que pedi e fez uma sequência ótima de exercícios, priorizando os aeróbicos. Ficamos conversando sobre viagens e falei que estava muito a fim de conhecer a Chapada das Mesas. E olha só a estranha e boa coincidência do momento: ele nasceu em uma cidade – que agora não lembro o nome, ao sul do estado do Maranhão, próximo a Chapada. Me deu ótimas dicas. Mas a que mais gostei é de que há uma linha ferroviária de Imperatriz até São Luís. E eu adoro viajar de trem. Acho uma pena o Brasil não investir em linhas ferroviárias. Adoro sentir aquele vento quente estapeando a cara, enquanto se contempla a paisagem (no caso) semi-árida do Nordeste. O Brasil nos permite enxergar a beleza em seus contrastes, seja nas águas verde-esmeralda do litoral nordestino, ou na caatinga do cerrado centro-oeste. Em qualidade de paisagens, a beleza do Brasil é plural.

                                  Praia de Tourinhos - São Miguel do Gostoso -RN

E ontem, zapeando rapidamente a insossa TV paga, dei uma zapeada no programa “Papo de segunda”, no GNT. Marcelo Tas fez um acerto em sair daquele sofrível CQC. Para o CQC voltar a ser o que era, só injeção de adrenalina na veia. Se bem que programas de humor, de forma geral, tem pecado pelos roteiros deprimentes e pela forma desses roteiristas menosprezarem nossa inteligência. Programa de humor com excesso de produção e falta de humor? Alguém ressuscite o Chico Anysio, pelo amor de Painho!



Voltando ao Papo de segunda, o programa é bem estruturado, com ótimas colocações dos convidados em questão. É ágil, sem perder o fio condutor do assunto em questão para não deixar o telespectador sem entender do que está falando. Isso se chama respeito. Ponto para eles. Léo Jaime, Xico Sá e o guapo João Vicente Castro tem uma ótima química. E Marcelo Tas tem liberdade garantida para provocar os meninos. Em um dos assuntos, a nitroglicerina do dia em questão foi a prisão do José Dirceu. E o Marcelo Tas perguntou: “José Dirceu foi preso. Mas como assim, um preso receber ordem de prisão?” E o João Vicente com sua rapidez de raciocínio falou que (risos) no caso do Dirceu, um preso que estava indo preso significa que os outros presos não poderiam fazer visita a ele. Eu quase me comovi (risadas malignas).