sábado, 15 de agosto de 2015


Babilônia está na reta final e decidi dar uma olhada num momento clímax da trama. Achava que a morte de Murilo iria causar uma comoção nas redes sociais, mas achei tudo muito morto. Pelo jeito, essa novela não vai deixar saudades. Eu acho uma pena porque Gilberto Braga é sinônimo de trama bem feita, bem costurada. Seus ardilosos vilões sempre caem no gosto do público. Foi assim com Laura, de Celebridade; Felipe Barreto, de O Dono do Mundo; Olavo de Paraíso Tropical; Léo, da fraca Insensato Coração e, claro, Maria de Fátima, de Vale Tudo. Seu roteiro sofisticado sempre deixou as pessoas resistentes a princípio, o que acho de certa forma, sadio. Mas no final, Braga conseguia conquistar a atenção e o reconhecimento do telespectador. É bom lembrar que foi com ele que aprendemos a jogar nas rodas de conversas de amigos o assunto “quem matou”. É uma de suas marcas registradas. Até hoje, todos se lembram do quem matou mais célebre da teledramaturgia brasileira: quem matou Odete Roitman?


Pelo que senti no capítulo de hoje, foi tudo muito jogado às pressas. Estranhei a agilidade excessiva da cena, pois Braga trata com muito cuidado esses momento clímax noir. Foi tudo muito rápido no capítulo de hoje. Me lembrei ontem durante o almoço com Jô e Padilha sobre a reta final da trama. Mesmo com o suspense instaurado, ninguém esboçou  em acompanhar o restante dessa atrapalhada soap opera. Mas devo reconhecer que Bruno Gagliasso é um dos melhores atores, junto com Cauã Reymod, de sua geração. Conseguiu tirar leite em pedra com esse personagem que estava fadado, após sucessivas mudanças no roteiro por causa da rejeição do público, a cair no esquecimento. E conseguiu a proeza de roubar a cena e carregar como piano boa parte da novela. Mérito do diretor – Denis Carvalho, de Braga e muito mérito de Bruno. Conseguir se sobressair diante de uma Glória Pires e uma Adriana Esteves, é pra poucos.



Aproveitei que falávamos de TV aberta – já que não tenho assistido praticamente nada e perguntei a Jô e Padilha se eles assistiram aquele programa “quero ressuscitar a Família Dó-Ré-Mi” da Globo, o “É de casa”. Padilha comentou que tem muitos apresentadores no programa. A idéia é de que cada apresentador se concentre em algum espaço da casa. Penso que é uma forma de amenizar a guerra de egos entre eles. Padilha achou curioso, por exemplo, de Zeca Camargo ficar na cozinha. Quer dizer, o que ele tem a ver em ficar na cozinha, afinal, não tem cara nem jeito de que gosta de se relacionar com esse ambiente. Num rápido flash de raciocínio, eu acabei concluindo que a Globo deixou ele lá de propósito. Pra não ter que “sair do armário”. (risos)