Depois
de sair do zoológico do vagão, no metrô Belém, saí da catraca em direção ao
trabalho. Passando pela passarela, vi duas bichas dando carão, ambas usando
coque, a coqueluche da vez pra quem não tem personalidade. Sim, tenho achado as
gays sem o mínimo de originalidade. Para elas, o momento de ganhar os holofotes
é copiar o que os bofes da modernidade tardia tem feito para melhorar o visual.
Se esforçarmos um pouco nossa memória, os gays eram referência pra moda até os
anos 90. Graças ao mundo gay, os héteros se repaginaram no visual. Ou
vocês pensam que os metrosexuais
foram brotados de algum lugar, meus queridos? Graças a nós, os tais homens
trocaram seu desodorante AXE por um
autêntico One Million. Porém, com a
virada do século, tudo mudou. Pra pior. As culturas de bueiro impostas pela
mídia, junto à ameaça da família tradicional conservadora, deixaram as bees extremamente apreensivas. Afinal,
elas querem ser aceitas. Todos nós queremos ser aceitos. Só acho lastimável
vê-las se anulando para terem seu espaço nesse mundinho medíocre que vivemos.
Elas querem ser “machas”, colocando barbas, fazendo pose de lutador de ufc. Mas
esquecem que (risos) quando elas abrem a boca, se transformam na prostituta
sudanesa de sempre, mesmo resistentes a dar pinta. Se homem com boné dá tesão,
bixa com boné é depressão. O coque é a decadência da vez. Para “elas”.
Particularmente, acho coque deplorável. Para todos os gêneros. Deixam os homens
femininos demais. Tira toda a testosterona deles. No caso das gays, por esse
ângulo, até que combina (risos).
Num
rápido flash que dei nelas, puxei na minha inquieta memória que a moda
proliferou também graças a um personagem da novela das 11, da Globo, a
produtora de casting beeeem pintosa. Ela tem usado este estilo como look. Apesar de gostar de novelas –
embora nenhuma tenha me feito ficar no sofá assistindo desde Avenida Brasil,
acompanhei dois ou três capítulos de Verdades Secretas. Plasticamente, ela é
incrível. O clima soturno da fotografia dialoga bem com o enredo denso da
trama: book rosa e vício em crack são aperitivos de caráter bem indigestos. Sem
mencionar o eixo central da trama, que envolve um dublê de cafetão – Rodrigo
Lombardi e sua bunda maravilhosa; a modelo que se envolve pelo cafetão e a mãe
da modelo que é casada com o cafetão. É, são os valores da família tradicional
brasileira escancarados de forma crua e visceral. Sem cortes.
E,
beashas, por favor: sejam menos coxinhas. E mais dzi-Croquetes.