quarta-feira, 19 de agosto de 2015


Depois de sair do zoológico do vagão, no metrô Belém, saí da catraca em direção ao trabalho. Passando pela passarela, vi duas bichas dando carão, ambas usando coque, a coqueluche da vez pra quem não tem personalidade. Sim, tenho achado as gays sem o mínimo de originalidade. Para elas, o momento de ganhar os holofotes é copiar o que os bofes da modernidade tardia tem feito para melhorar o visual. Se esforçarmos um pouco nossa memória, os gays eram referência pra moda até os anos 90. Graças ao mundo gay, os héteros se repaginaram no visual. Ou vocês pensam que os metrosexuais foram brotados de algum lugar, meus queridos? Graças a nós, os tais homens trocaram seu desodorante AXE por um autêntico One Million. Porém, com a virada do século, tudo mudou. Pra pior. As culturas de bueiro impostas pela mídia, junto à ameaça da família tradicional conservadora, deixaram as bees extremamente apreensivas. Afinal, elas querem ser aceitas. Todos nós queremos ser aceitos. Só acho lastimável vê-las se anulando para terem seu espaço nesse mundinho medíocre que vivemos. Elas querem ser “machas”, colocando barbas, fazendo pose de lutador de ufc. Mas esquecem que (risos) quando elas abrem a boca, se transformam na prostituta sudanesa de sempre, mesmo resistentes a dar pinta. Se homem com boné dá tesão, bixa com boné é depressão. O coque é a decadência da vez. Para “elas”. Particularmente, acho coque deplorável. Para todos os gêneros. Deixam os homens femininos demais. Tira toda a testosterona deles. No caso das gays, por esse ângulo, até que combina (risos).


Num rápido flash que dei nelas, puxei na minha inquieta memória que a moda proliferou também graças a um personagem da novela das 11, da Globo, a produtora de casting beeeem pintosa. Ela tem usado este estilo como look. Apesar de gostar de novelas – embora nenhuma tenha me feito ficar no sofá assistindo desde Avenida Brasil, acompanhei dois ou três capítulos de Verdades Secretas. Plasticamente, ela é incrível. O clima soturno da fotografia dialoga bem com o enredo denso da trama: book rosa e vício em crack são aperitivos de caráter bem indigestos. Sem mencionar o eixo central da trama, que envolve um dublê de cafetão – Rodrigo Lombardi e sua bunda maravilhosa; a modelo que se envolve pelo cafetão e a mãe da modelo que é casada com o cafetão. É, são os valores da família tradicional brasileira escancarados de forma crua e visceral. Sem cortes.


E, beashas, por favor: sejam menos coxinhas. E mais dzi-Croquetes.