sábado, 14 de junho de 2014

Ferraz, o guia que está acompanhando nosso grupo para conhecer Portugal, nos ofereceu um passeio extra no período da tarde. Como a idéia é desbravar o máximo que eu puder do país, acabei topando. A turma de viagem é bem bacana. Tem personagens bem interessantes (risos). Depois do almoço, fomos em direção ao Palácio de Queluz. Para se familiarizar com o grupo, Ferraz exaltou bastante o país, falando de nossa presidente, mas cometeu um lapso de memória. Ele chamou a nossa estadista de Dilma Silva. E ele falou bem sério. Disseram que ele estava engando, mas eu enfatizei que ele estava certo, não era necessário corrigir (risos). No caminho, vi uma linha de ônibus com nome bem curioso e dei muita risada: se chamava Freguesia de Vale da Pinta (risos).


  Para minha surpresa, o palácio está um pouco mal conservado. Os portugueses não estão zelando pelo patrimônio que tem. Mas juntando toda a “direção de arte”, junto com a contextualização do guia sobre a história do país, amenizou um pouco a minha primeira impressão sobre o lugar. Percorremos todos os espaços. Estava muito ansioso para saber sobre os bastidores da Família Real. Quando vi a quantidade de ouro e madeira que cercava aquele ambiente (os móveis e o piso do palácio foram feitos com matéria extraída do nosso pau-brasil), em uma telepatia necessária, uma colega turista passou por mim e soltou com sinceridade e uma pseudo revolta que Portugal “era um mísero paíseco, antes de nos roubar” (e muito, diga-se de passagem) para decorar seus palácios (incluindo o de Queluz). Ferraz discordou. Argumentou que Portugal pegou emprestado e que ia devolver. E eu vou contrariar por que?


Por estarmos envolvidos com a história da Família Real, Dona Maria, a Louca foi assunto da nossa conversa. Ferraz comentou que ela veio fugida para o Brasil, pois morria de medo de Napoleão Bonaparte. Ela ficou sabendo que o imperador francês tinha uma maneira especial de matar seus inimigos: seu exército chegava, perguntava apenas o nome dos soldados inimigos, para em seguida decepar a cabeça de todos. A Louca acordava aos berros de seu quarto, gritando que Napoleão estava à caminho para decepar a sua cabeça. Imagine o pandemônio que ela fazia, para acordar todos (risos). Correu para o Brasil, mas manteve sua loucura com esses pesadelos. Na conversa em grupo, deduzimos que ela gritava era de ódio por ter que administrar um palácio tão grande (risos).



Naquele trabalho de pesquisa para conhecer melhor o grupo, começamos a conversar sobre a China. Na verdade, a China veio na pauta por causa dos japoneses que tínhamos visto na parte da manhã. Comentei que os chineses eram mais interessantes culturalmente. Falamos sobre o controle de natalidade no país e um querido falou que um amigo dele adora as crianças chinesas porque elas moram do outro lado do mundo. Eu amenizei dizendo que são elas que cortam o tecido de nossas roupas. A Zara que o diga.


 De Queluz, pegamos o ônibus em direção à Sintra. Um encanto. Fica em umas colinas, próxima de Lisboa. Tem uma vista incrível. Os jardins públicos são a atração do local. Comprei uns souvenirs.  Demos continuidade ao roteiro. No caminho, uma casa de estilo rústico com outro nome estranho, mas genial: Fábrica das Verdadeiras Queijadeiras Sapa (risos). Quanto a Cascais, nada de interessante: parece um Jardim Europa com praia.