segunda-feira, 9 de junho de 2014


Fui pegar, no sábado, meu kit da minha viagem para o Chile. Tive que ir até a agência de turismo. Fui atendido por uma menina bem educada, mas com um tom de excesso na chapinha. Ela me perguntou onde eu ia viajar, além do Chile. Falei que estava indo para Portugal. Ela começou a falar super bem do país, de Lisboa, da comida. Fiquei empolgado e perguntei o que ela me indicava. Ela não soube me responder. Ela ainda não conhece  o país.
 
Eu até gosto de blockbusters. E não tenho nada contra assistir filmes de ação. Desde que tenha uma boa história por trás, pra que fazer cara de quarta parede, não é mesmo? Mas realmente foi brochante ter ido assistir X-Men: dias de um futuro esquecido (santo spoiler: ativar). O ex-presidente Richard Nixon ganhou participação especial na trama. Quanta originalidade! JFK foi mencionado e manda lembranças.  Agora, atribuir a Magneto a tentativa de salvar o presidente Kennedy, poupe-me. Nos outros filmes da franquia, pelo que me lembro, não tinha personagens baseados em fatos verídicos. Foi bem forçado. O roteirista decidiu abrir mão de alguns mutantes. Fiquei esperando ver a exuberância e classe da Rainha Branca. Esperei em posição de ioga, aliás, porque ela não só não aparece, como ela aparece já morta, pois foi servida, junto com outros que sucumbiram também, à experiência de ser cobaia para uns experimentos na criação de soldados sentinelas, com a missão de aniquilar todos os mutantes. E você tem ainda que agüentar o filme em épocas diferentes.  E que comovente: todos os X-Men mortos nos outros filmes, ressuscitam. Desfecho feliz apenas para os aficcionados por Chiquititas e seus derivados. Acho que estou ficando velho.


Com muita preguiça, voltei para casa. Pra minha sorte, iria passar a reprise de um dos episódios da nova temporada de Downton Abbey. Fiquei zapeando os canais até cair no programa do Chacrinha, no canal Viva. Como faz falta um Chacrinha na TV. No momento em que coloquei no canal, o RPM estava se apresentando no programa do Velho Guerreiro. Mas o que realmente me chamou a atenção foi o auditório, composto por uma mulherada com aqueles cabelos a la anos 80. E todas num cio absurdo. Paulo Ricardo, o vocalista e Don Juan da época, foi até a bancada de jurados fazer graça com uma jurada no estilo modelo-sou-gostosa-sim-e-daí. Ele pegou a garrafinha de água dela, bebeu e devolveu. Para azar da distinta, uma daquelas mulheres no cio avançou na garrafinha, pulando por cima da modelona (risos). O diretor do programa cortou para outra câmera: focou, com um belo close, a cara do Chacrinha, que não parava de rir.