segunda-feira, 2 de junho de 2014

Saí correndo, no último sábado, para me encontrar com Elidia. Fui em direção à estação Santa Cecília. Para me ajudar, os trens estavam andando em velocidade reduzida e o tempo de parada nas estações, mais espaçados. Era só o que me faltava. Cheguei às 20h40 no metrô Santa Cruz. O espetáculo era às 21h.  Liguei para Elidia, que me aguardava no carro. Seguindo sua orientação, vi o pisca alerta de seu carro aceso (necessário para quem tem péssima coordenação geográfica como eu). Comecei a dar uma pinta, caminhando em direção ao carro. Passou por mim uma moça e gritei: “Ai, eu to tão feliz”! Quando entrei no carro, Elidia estava encantada com uma cena que ela tinha acabado de ver: a tal moça estava com vários balões na mão. E eu nem percebi. Foi, sob a ótica de Elídia, poético.

Chegamos no teatro João Caetano a tempo. Adoro quando o universo conspira a favor. Pegamos os ingressos com uma amiga de Elidia. Começamos a papear. Não sei como surgiu o assunto, mas começamos a falar de Gilberto Gil. Do músico talentoso, consagrado, que contribuiu – e muito – para a evolução da música brasileira. Eu falei que estava com um bloqueio de escutar Gil (vale uma nota: quando procuro e acho, em algum canto de minha casa, o disco Parabolicamará, coloco-o no ato). Com a cara de “como assim” delas, respondi que conheço uma pessoa que a-do-ra o Gil. Mas ela me cansa um pouco. E me fez ter bode de ouvir Gil. E Elidia complementou: é dela a culpa! (risos)

Lampião e Lancelote foi um encanto. A equipe toda está de parabéns.  Débora Dubois, diretora do espetáculo, teve o dom de me sensibilizar, em motivar minha memória afetiva com flashes de situações singelas da minha infância. Aguardamos o elenco depois da peça para parabenizá-los. Nos convidaram para ir na padoca. Mas a nossa vibe era outra. Fomos tomar uns drinks na 210 Diner. Sentamos no bar para aguardar a nossa mesa e pedimos uma bebida. Achei que o barman tinha feito meu cosmopolitan com má vontade. Quando perguntei qual vodka ele tinha usado, abriu um sorriso e começou a ser super simpático, dando voltas na resposta, até me dizer que tinha usado vodka Smirnoff. Disse que estava aguado, mas que ok. Me encontrei com Esmir Filho. Ele é um doce de pessoa. Conversamos brevemente.  Sentamos para comer a especialidade da casa – o burger gourmet. Pedi outro cosmopolitan. Ele – o barman - caprichou dessa vez.