Saímos
de Coimbra e pegamos estrada rumo à Barcelos. Para exorcizar de uma vez com a
música de Julio Iglesias, conectei o Ipod para uma audição de exorcismo. Só
rock pesado. E funcionou. Barcelos é uma cidadezinha ok. Nada de atrativo.
Particularmente, eu deletaria no roteiro para ficar mais um dia em Coimbra. Mas estava
ansioso para nosso ponto final do dia. Guimarães, a primeira capital de
Portugal.
De
Barcelos seguimos para Braga. E o roteiro começou a ficar interessante.
Entramos dentro de uma igreja para conhecer. Ferraz nos orientou a tirar fotos
sem flash. Quando comecei a manusear a câmera, um senhorzinho que parecia um hobbit chamou a minha atenção. Disse que
não podia tirar fotos. Foi em direção ao grupo e retrucou com nosso guia. Ele
foi um pouco rude. Mas não dei bola e continuei fotografando. Assim como
Barcelos, Braga tinha um ar interiorano, porém, com mais charme. Talvez eu
tenha me simpatizado mais com Braga pelo fato de meu mal humor ter se diluído
um pouco, pois a cidade me inspirou a tirar belas fotos. Tinha muito pedinte
nas ruas. Almoçamos e fomos ao Santuário do Bom Jesus, de bondinho. Me deparei
com a estátua de São Longuinho. E eu que achava que ele era uma lenda. Quanto à
Guimarães, só tenho a dizer que me fez literalmente arrepiar. Fiquei emocionado
de pisar no lugar que foi o começo de tudo, o início da civilização portuguesa.
Fui privilegiado com a vista da cidade, da janela de meu quarto, no hotel. A
fortaleza, que possui aproximadamente 800 e alguns anos, continua intacta. Saímos
à noite para tomarmos uns drinks, mas fiquei só na coca cola. A praça da cidade
estava lotada de gente bonita. Alguns garotos estavam bem nervosos, vendo o
jogo do Uruguai com a Costa Rica. Ficaram mais irritados ainda de ver o Uruguai
perder o jogo. E eles não eram uruguaios (risos).