Como é bom respirar a sexta-feira. Mesmo que o ar esteja
sofrível aqui em São Paulo. Mas começo de fim de semana é assim. O meu up automaticamente é acionado para
pensar num roteiro agradável. E nada mais propício ligar meu som, e escutar a
voz de um cristal.
O metrô e seus personagens inusitados: passando pela
catraca da estação Santa Cecília, vi uma “querida” fantasiada de marinheira.
Ela acenou para seus amigos, que estavam chegando. Também fantasiados. Cheguei
e disse: “Vocês montam uma cena de filme de Fellini e não me convidam?”. Ela
não me respondeu. Pensando no ditado “quem
cala, consente”, dei um tchau e fui pegar o metrô. Não saber quem foi Fellini,
realmente, é muito triste.
Fiquei contemplando a “fauna”, sentado no vagão do
metrô. Como não tinha nada de interessante para observar, lembrei do meu último
fim de semana. Roteiro cultural com a Clau no sábado, já relatado aqui no blog (Ok,
ok, eu vou refrescar sua memória: http://omundodelira.blogspot.com.br/2014/10/fiquei-na-expectativa-de-acordar-abrir.html). Além das exposições, fomos assistir “O
homem mais procurado”, com Philip Seymour Hoffman. Ele realmente fará falta. Um
filme de espionagem muito bem montado. Sem cenas de ação, sem pancadaria a la
James Bond. E mesmo assim, o diretor teve a proeza de criar um clima de
tensão, que não me fez sequer piscar. Thriller psicológico de primeira qualidade. Quebrei meu protocolo pela primeira vez e
entrei na sala de cinema com um saco de pipoca. A fome falou mais alto. Só acho
lastimável as pessoas ainda terem o péssimo hábito de ficar com os celulares
ligados. Tinha um casal sem noção em nossa frente que não se tocavam que o
filme ia começar. Clau, com sua fineza escandinava, foi direta: “essa luz está
mE INCOMODANDO”! Adoro quando as pessoas obedecem numa boa (risos).