Pausa
no trabalho, um bem necessário. O horário de almoço tem propiciado momentos de
ótima descontração. E quando se tem pessoas bem humoradas, de pensamento ágil,
melhor ainda. Me lembrei de algumas pérolas de máxima santificante para
compartilhar. Estávamos a caminho de almoçar na Margot,
quando Val e Helô começaram a conversar sobre beleza, enquanto eu e Carlito
estávamos atrás jogando pauta fora, por puro devaneio. Como eu tenho ouvido de
tuberculoso, também ficava atento na conversa das meninas. Aguardando o
semáforo abrir, Helô comentava que iria cortar o cabelo, quando Val perguntou
se ela iria cortar na lua (minguante) que estava de passagem durante a semana e começou a explicar como o cabelo ficaria caso ela cortasse nessa lua.
Aí eu perguntei por que ela iria cortar o cabelo na lua minguante. Com uma
precisão nórdica, Helô respondeu “Porque tanto faaaaz”. Que rapadura de doçura (risos).
Val
comentou sobre uma matéria que saiu sobre o padre Marcelo Rossi. A Igreja
Católica espionou o padre pop por dez anos. Quiseram desossar o coitado.
Queriam descobrir, inclusive se ele era gay. Pra que? Pra convidar mais uma a
ingressar o reduto episcopal? Aí nos lembramos das músicas com coreografias que
ele fazia. E todos nós na mesa começamos a fazer (risos). Não sei o por que,
mas acabamos nos lembrando de outro padre: Fabio de Melo. Foi natural a gente
fazer uma comparação entre ambos. Perguntei se elas pegariam ele e pela cara vi-a-loira-do-banheiro delas, percebi
que o padre Fabio não era o tipo que elas curtiam. Eu exclamei: “essa hóstia eu
comia”. Carlito me lembrou que hóstia não se come. Mas no caso do padre
garotão, eu abriria uma exceção (risos).
Vimos
a chamada do Big Brother na TV. Impressionante como ainda se investe pesado nesse
tipo de programa. Mas as emissoras
faturam muito em cima.
Perguntei se alguém participaria de reality shows e a
resposta, unânime, foi negativa. Também pudera. É uma concentração de gente
medíocre. Dividi com eles, me imaginando em uma edição do programa, com aquela
porção de gente nula à minha volta. Para perder o amigo e não perder a piada,
Val nocauteou: “se você participasse de fato, você seria mais um medíocre no
meio”. Bem feito pra mim.
Esquenta, da Regina Casé, também foi assunto. Val lembrou que a idéia inicial
do programa era bem interessante. A celebração do mundo possível, a vida em comunidade. Mas o
conceito, a princípio interessante, se perdeu durante aos anos. Eu não consigo
ver. Primeiro que é uma gritaria desnecessária. Será que eles querem retratar
que a comunidade fala nesse tom, um tanto quanto...elevado? Um preconceito maquiado, diga-se de passagem. Fora que não se tem
mais assunto na condução do programa. Você vê todo mundo sentado, de repente
todo mundo levanta pra dançar...samba. Aí senta-se, bate um dedo de prosa e todo
mundo levanta pra dançar....samba....again. Esse processo contínuo me dá
tontura. Em poucas palavras, o Esquenta nada mais é do que um mero churrasco na
lage.
E pra segunda-feira que está chegando, pra que complicar?