Pra coroar de vez o final de expediente, na última
sexta-feira, fui convocado para uma reunião. Fui mentalizando para que ela
fosse a mais rápida e objetiva possível. Reunião cansa. Ainda mais num prelúdio
de fim de semana. O que mais me incomoda é a falta de praticidade das pessoas. Falta
de foco. Você participa de uma, jogam-se vários questionamentos em torno do
assunto, ninguém define nada, o tempo vai passando e depois de 3 horas, onde
tudo se questiona e nada se resolve, o golpe de misericórdia: termina a tal
reunião para marcar uma nova reunião (risos). Não posso me esquecer de levar
meu floral de San Germain numa próxima eventualidade. Mas o assunto desse “encontro”
foi bacana, não posso me queixar. O que é engraçado é ver a forma como as
pessoas se portam. Teve uma – coitadinha – que tinha até boa disponibilidade em
dar ideias. Mas era tão repetitiva. Ela não tirava a palavra alinhar da boca. “Por
que é necessário termos alinhamento do que conversarmos..”; “”A necessidade de
alinharmos é de extrema importância...”; Sabe fala de político sem inalibilidade
política? Parece que decorou um texto, só pra impressionar.
Cheguei em casa com profundo cansaço mental. Aquela vontade
de não fazer absolutamente nada. Me joguei na novela Império para me distrair.
O que foi a Drica de Morais? Que maestria não só para conduzir seu protagonismo
com a Cora, como teve a generosidade em se servir como escada para que os
outros brilhassem também. A direção, com sua sensibilidade artística, foi
impecável. O capítulo de sexta foi dela. Já estava mais do que na hora dela se
sobressair na trama. Depois da novela, dei uma folheada no Guia da Folha para
já traçar um roteiro cultural que Claudia e eu nos propusemos a fazer. Nos
falamos brevemente pelo telefone. Ia começar Dupla Identidade. Bruno Gagliasso
tem me dado medo (risos). É um dos melhores atores de sua geração, ao lado de
Cauã Reymond. Mas a Luana...eu estava sem forças para me esforçar em tentar
compreender que critério foi utilizado para que ela fosse escolhida para o
papel. Eu a vejo e me vem na cabeça uma versão Anabelle da Barbie. Foi o máximo
que meu cérebro pôde codificar.