quinta-feira, 18 de dezembro de 2014



A mente humana prega cada peça na gente! Pegando o metrô na estação Belém para voltar para casa, me sento e fecho meus olhos como forma de desacelerar um pouco a cabeça, depois de mais um dia exaustivo. Até porque é meio difícil ver alguma coisa interessante num vagão às 8 da noite. Com várias conversas como som ambiente, comecei a me lembrar do meu tempo de colegial. Ao mesmo tempo, veio um nome na minha memória em negrito e sublinhado: Iedo. Era o nome de um garoto que estudava na mesma sala que eu. Fiquei pensando o que me levou a lembrar desse nome e do missiva que se chama Iedo. Eu não tinha muita ligação com ele. Era mega cdf. Naquele frenesi com o bullying escolar, nós o chamávamos de Iôdo (risos). Me lembrei de ter perguntado a ele quem tinha escolhido seu nome. Ele não soube me responder. Continuei com a veia jornalística e quis saber se ele não pensava em mudar de nome. Ainda bem que ele tinha humor. Não se preocupava com o que as pessoas falavam sobre seu nome. Eu achava esquisito alguém se chamar Iedo. Ieda ou Hieda, tudo bem. Mas não vejo esse nome no gênero masculino. Não soa bem. A não ser que você queira abrir um instituto de beleza (risos). Será que os pais dele foram hippies, para chamá-lo desse jeito? Se bem que hippies colocam nomes mais lisérgicos em seus filhos, como "Raio da Manhã", "Luz do Luar", "Erva do Xingú", "Celeiro do Amanhã". Essas esquisitices.    


Elcimar passou ontem em casa. Vai passar o natal e virada do ano em Fortaleza. Falou para mim que, dependendo, ficaria um tempo por lá. Ele me contou que foi com um amigo numa casa de “swing”. Como estava sem uma mulher para acompanhá-lo, pagou 350 reais de entrada. Eu fiquei alarmado. Perguntei  se valia a pena gastar tudo isso por uma bacia de pererecas. Até porque perereca é tudo igual (risos). Ele disse que gozou umas nove vezes. Falei para ele que também conhecia casas de swings. Me olhou com olhar desconfiado. Aí eu disse: “Relaxa, tolinho. Perereca pra mim, só no brejo”. (risos).  É muito excesso de catuaba para o mesmo bofe. E eu ainda me pergunto: casar pra quê?


Não tenho acompanhado muito a programação de TV. Tenho achado tudo um tremendo porre. Só assisto de forma pontual. Mas valeu a pena ter visto a edição do Profissão Repórter de terça, sobre Cuba. Ou melhor, sobre os cubanos. Eles entrevistaram os cubanos que ainda moram na Ilha de Fidel e aqueles que se refugiaram para os EUA.  Me chamou a atenção um casal, que fugiu da ilha numa bóia para chegar ao american way of life de ser. O programa mostrou, através de um acervo de imagens, o casal em 1994 chegando em terras americanas e acompanhando o início de adaptação ao mundo capitalista. Para o marido foi fácil, afinal o que ele mais queria era lucrar e ter uma vida melhor. A equipe da TV Globo registrou o momento em que ele estava prestes a fechar um “bom negócio” com a compra de um carro, um modelo bem moderno para a época. A esposa começa a gritar com ele, dizendo não haver necessidade de se ter um veículo. A pauta se desdobra para o modo de viver deles nos EUA.  Ele começa a discutir com ela, dizendo que eles estavam longe da ilha, que eles agora tinham liberdade e a questionou do por quê ela estar tão resistente com a vida que estavam levando. A língua ferina da cubana, como uma chibata, devolveu num raciocínio bem rápido: “Em Cuba éramos mais felizes. Saíamos para nos divertir com nossos amigos. Éramos alegres”. E eu pergunto: vale a pena ter ostentação?