Preguiça: dos males é o mais necessário para minha
evolução. Meu pecado capital favorito. Depois de uma semana um pouco tensa, no
aspecto quantitativo de trabalho a se fazer, decidi abrir mão de ficar me
programando para fazer um roteiro cultural, algo que sempre faço no fim de
semana. Tenho muito prazer em otimizar meu tempo com uma exposição, um cinema,
mas eu realmente estava com o espírito de acordar no sábado e ficar me
refestelando na cama. Acordei às 14h. Escolhi
calmamente um cd para escutar durante o banho. Adoro tomar uma ducha com o som
bem alto. Com a rouquidão ímpar de Marina Lima, me arrumei para ir almoçar.
Depois do brunch,
fiquei cronometrando a hora para checar se daria tempo de ver alguma exposição
no restinho de tarde que ainda tinha, já que tinha combinado de ir jantar com
meus primos. Tínhamos marcado com um mês de antecedência esse encontro. Com a
escassez do tempo que me restava, relaxei o esfíncter, voltei para casa, me
colei e fui pegar o subway.
Eu confesso ter um certo relaxo com família. Não tenho
esse hábito comum das pessoas sempre se verem, se abraçar, se pegar, ficar
dizendo “nossa, quanto tempo” ou o que considero pior: “você engordou” (risos).
Essas firulas habituais de família me entediam.
E quando ficam te relembrando fatos do passado? Principalmente aqueles
assuntos que você não quer se lembrar (risos). Semana passada, minha irmã, que
adora fazer a linha “recordar é viver” me mandou várias fotos nossas quando
crianças. Eu (risos) deletei.
Eu realmente fiquei feliz com o convite de meus primos
para o jantar. Combinamos de se fazer a reunião na casa do Ricardo e de sua
esposa, Camila. Eles moram em Santo André. Tive que pegar um trem na estação
Brás de metrô. Não demorou muito a chegar. Quando o vagão abriu, aquele empurra
desnecessário. Quer dizer, em pleno fim de semana e as pessoas se tratando como
se fossem comboio de gado? Entrei calmamente e consegui me sentar. E quanta
gente feia, Deus Pai! Me senti numa cena de Walking Dead . Uma grande
concentração de monstros por metro quadrado. Ainda bem que a viagem foi rápida.
Desci em Prefeito Saladino. Em menos de cinco minutos, meu primo Daniel passou
para me pegar, junto com sua esposa Vivian e sua filha Luciana. Tirando o fato
dele adorar Engenheiros do Hawaí, ele é uma boa pessoa (risos).
O jantar foi ótimo. Levei dois vinhos muito bons para
degustar com as entradas e o prato principal. Escolhi um Carignan chileno que
ainda não tinha experimentado. E um Rioja bem temperamental. É que o sommelier
que me indicou esse vinho disse que assim que ele fosse aberto, deveria ficar
30 minutos respirando. E é claro que
a gente não esperou trinta minutos (risos). Ah, e levei um rosé espanhol para
tomarmos com a sobremesa. Ricardo foi o nosso gourmet e preparou umas
bruschettas divinas de entrada. Comemos uma massa ao sugo com iscas de mignon.
E um doce de chocolate com nozes. Pra
finalizar, um Nespresso choco rosso ,
indicação da Camila. Ambiente agradável, uma conversa prazerosa com muito bom
humor. Me senti muito bem acolhido por todos. Já agendamos o próximo jantar para
janeiro.