segunda-feira, 1 de dezembro de 2014


Preguiça: dos males é o mais necessário para minha evolução. Meu pecado capital favorito. Depois de uma semana um pouco tensa, no aspecto quantitativo de trabalho a se fazer, decidi abrir mão de ficar me programando para fazer um roteiro cultural, algo que sempre faço no fim de semana. Tenho muito prazer em otimizar meu tempo com uma exposição, um cinema, mas eu realmente estava com o espírito de acordar no sábado e ficar me refestelando na cama.  Acordei às 14h. Escolhi calmamente um cd para escutar durante o banho. Adoro tomar uma ducha com o som bem alto. Com a rouquidão ímpar de Marina Lima, me arrumei para ir almoçar.


Depois do brunch, fiquei cronometrando a hora para checar se daria tempo de ver alguma exposição no restinho de tarde que ainda tinha, já que tinha combinado de ir jantar com meus primos. Tínhamos marcado com um mês de antecedência esse encontro. Com a escassez do tempo que me restava, relaxei o esfíncter, voltei para casa, me colei e fui pegar o subway.
Eu confesso ter um certo relaxo com família. Não tenho esse hábito comum das pessoas sempre se verem, se abraçar, se pegar, ficar dizendo “nossa, quanto tempo” ou o que considero pior: “você engordou” (risos). Essas firulas habituais de família me entediam.  E quando ficam te relembrando fatos do passado? Principalmente aqueles assuntos que você não quer se lembrar (risos). Semana passada, minha irmã, que adora fazer a linha “recordar é viver” me mandou várias fotos nossas quando crianças. Eu (risos) deletei.



Eu realmente fiquei feliz com o convite de meus primos para o jantar. Combinamos de se fazer a reunião na casa do Ricardo e de sua esposa, Camila. Eles moram em Santo André. Tive que pegar um trem na estação Brás de metrô. Não demorou muito a chegar. Quando o vagão abriu, aquele empurra desnecessário. Quer dizer, em pleno fim de semana e as pessoas se tratando como se fossem comboio de gado? Entrei calmamente e consegui me sentar. E quanta gente feia, Deus Pai! Me senti numa cena de Walking Dead . Uma grande concentração de monstros por metro quadrado. Ainda bem que a viagem foi rápida. Desci em Prefeito Saladino. Em menos de cinco minutos, meu primo Daniel passou para me pegar, junto com sua esposa Vivian e sua filha Luciana. Tirando o fato dele adorar Engenheiros do Hawaí, ele é uma boa pessoa (risos).

O jantar foi ótimo. Levei dois vinhos muito bons para degustar com as entradas e o prato principal. Escolhi um Carignan chileno que ainda não tinha experimentado. E um Rioja bem temperamental. É que o sommelier que me indicou esse vinho disse que assim que ele fosse aberto, deveria ficar 30 minutos respirando. E é claro que a gente não esperou trinta minutos (risos). Ah, e levei um rosé espanhol para tomarmos com a sobremesa. Ricardo foi o nosso gourmet e preparou umas bruschettas divinas de entrada. Comemos uma massa ao sugo com iscas de mignon. E um doce de chocolate com nozes.  Pra finalizar, um Nespresso choco rosso , indicação da Camila. Ambiente agradável, uma conversa prazerosa com muito bom humor. Me senti muito bem acolhido por todos. Já agendamos o próximo jantar para janeiro.