quinta-feira, 11 de dezembro de 2014



Acordei com uma vontade absurda de não querer fazer nada. Demorei para me levantar. Minha casa está um chiqueiro, mas a diarista vem hoje para dar um trato em casa. Não posso me esquecer de comprar um presente para ela. Mas aí me lembro que meu cartão ainda não chegou e me ponho a imaginar uma cena em que entro no banco, o gerente pergunta cordialmente em que ele pode me ajudar e aí eu me explodo junto com todos. Santa Intifada, rogai por nós.
Consegui me sentar no vagão do metrô na estação República. Ótimo porque aproveito para ler um livro enquanto a estação Belém não chega. Se bem que eu estava com muita preguiça para ler. Fora que o metrô estava fedendo a bueiro. Um cheiro de mijo prensado. E minha garganta voltando a arranhar. Quando o metrô chegou na Sé, um garoto entrou e sentou perto de mim. Ficou de frente, na verdade. E começou aquela troca tímida de olhares, que já virou um sorriso de canto de boca.  Até que um homem manco estaciona na minha frente, em pé, cobrindo a bela visão que eu tinha. E detalhe: ele estava em pé na frente do assento preferencial. Não poderia ao menos se sentar para eu contemplar a beldade juvenil que me deu bola? Juro que me deu vontade de dar uma rasteira nele (risos). Acabei desencanando de ler.

E a máxima metroniana do dia: um sujeito entrou na estação Pedro II, desejou bom dia a todos e começou a falar bem alto que ele tinha sido assaltado, que tinha tomado um tiro nos olhos e que perdeu a visão, o olfato, o paladar e a audição. E ele ainda existe?

Ah, por gentileza, alguém pode avisar a Danusa Leão que ela está a cara da Donatela Versace? Mega obrigado.