sexta-feira, 19 de dezembro de 2014




A festa da firma foi uma boa surpresa. É que o espaço físico não é muito chamativo pra se comemorar algo. Mas a ambientação foi certeira. Nem parecia que eu estava na administração central. Fiquei com o pessoal da tv, rindo e fofocando muito. Passavam uns garçons lindos, que estavam com uma espécie de fresqueira. Eles distribuíam uma “quentinha” pra quem quisesse comer algo mais substancioso. Tinham duas opções: baião-de-dois e uma comida vegan, que eu nem quis saber o que era. Não estava a fim de perder minha melanina. O sorteio dos prêmios aos funcionários não foi lá essas coisas. Achei interessante presentear o sortudo com uma viagem de uma semana para Santiago, no Chile. E só. Os outros prêmios não estavam à altura. E é óbvio que o figurino foi o que mais me chamou a atenção. Deus Pai, quanto equívoco! As pessoas acham que vão a um baile de debutante, pra se vestir de forma tão inapropriada? E o cardápio de mal gosto tinha uma gama de variedades. Vi mulheres vestidas de planta, outras foram de absorventes, de calopsitas (risos), de pomba-gira tinha aos montes.  Mas o que foi unânime foram as roupinhas de onças. Acho que todas compraram na mesma loja (risos). Me senti como um figurante na novela Pantanal. Depois do sorteio, beberiquei mais um pouco e saí à francesa.



No caminho para o metrô, passando pela catraca para ir embora, dou de cara com uma sapatona, bem grosseira (pra variar). Daquelas que você sente de longe o cheiro de couro. Estilo pedreira-caminhoneira-torneira mecânica. Deu um arroto e ficou falando palavrões, a troco de nada. Quer dizer, ela devia achar que estava fazendo graça. Ao estilo Tássia – tá se achando.   Eu apenas dei uma olhada serena de reprovação e desci para pegar o metrô. Isso tem que ser criado em cativeiro, longe da espécie humana.


Chegando no prédio onde moro, arranjei mais um bom motivo para detestar o Natal: quando entrei no hall, fui cegado pelas luzes de decoração natalinas azuis piscando, a ponto de não enxergar nada. Faltou a rena do nariz vermelho me receber para dar as boas vindas. Mas a decoração cafona me fez lembrar de contribuir com a “caixinha” dos funcionários, no fim de ano. O que me fez odiar ainda mais o Natal (risos).