sábado, 7 de março de 2015


O dilúvio de ontem causou um strike na Pauliceia Reacionária. Começou a chover por volta das 12h30 e não parou mais. E São Paulo, com toda sua imponência em ser uma das maiores cidades do mundo, vê sua impotência diante da tempestade desvairada que durou o dia todo até a noite. É latente a fragilidade da cidade mediante ao caos que se instaurou. E tudo fica parado: congestionamentos com carros, ônibus; e os metrôs e trens em velocidade mega-reduzida devido às circunstâncias da segurança pública. Saí um pouco mais tarde do trabalho, por volta das 20h30. Chegando na estação Belém, o metrô estava parado, aguardando autorização para seguir viagem. Quando entro no vagão e prestes a sentar no acento, uma visão de dar arrepios: restos daqueles salgadinhos de isopor genéricos da Elma Chips espalhados não só nos acentos, como no chão. Fazendo uma leitura visual dinâmica do espaço, vejo até cascas de banana no chão do vagão. Era de dar nojo. Se Noé fosse vivo e deparasse com essa situação, com certeza questionaria o Todo-Poderoso: “salvar essa fauna, a troco de QUE? (risos)

Não demorei muito a chegar em casa. Sentei pra dar uma folheada nos jornais e preparar o roteiro cultural do fim de semana.  Deixei a TV ligada para aguardar o jogo da Superliga Feminina de Vôlei. O Sesi jogaria em casa com a equipe de Osasco. Jogo de vôlei não soa cansativo. Além de achar prazeroso, relaxa em assistir. Aproveitei também para dar uma pesquisada de preços de passagens para Belo Horizonte. Combinei com Juçara de irmos no feriado da semana santa. Na verdade, a idéia é de irmos para Brumadinho, conhecer Inhotim. Vamos ver o babado que vai dar. No embate Sesi x Osasco, deu Sesi, por 3 sets a 1. 

(deguste essa linda canção de Gil, enquanto lê o texto)

Abrindo o Guia da Folha, já tive um susto: vejo uma foto dos Backstreet Boys, famosa boy band dos anos 90, estampada no caderno cultural. É sério mesmo que eles querem voltar a se apresentar, numa espécie de revival juvenil? Quer dizer, era até bonitinho vê-los entretendo as fãs histéricas, mas isso já faz tempo, não? Não são mais aqueles moleques que divertiam as meninas com os rebolados mal feitos. Agora com a idade avançando e o metabolismo mais lento, questiono se eles possuem “ta lento” para aquelas coreografias decadentes de baile de debutantes. Ver o Backstreet Boys na ativa é como ver a osteoporose chegar aos 70 anos numa sobra de corpo.

Falando em osteoporose, li que Marília Gabriela estreia peça dirigida pelo Jorge Takla, chamada “Vanya e Sonia e Masha e Spike”. Juro que fiquei com medo de ver a peça protagonizada por ela. Na foto que ilustra a matéria, ela está vestida de Branca de Neve. E o Elias Andreato vestido de anão. Achei meio suspeito. Na foto de divulgação, ela está bem bonita, lembra muito sua xará Marília Pêra. Quem sabe ela possa pedir emprestado a Marília  - a Pêra, um dedinho de seu talento. E eu sempre desconfio das peças que colocam um gostosão exibindo seu corpo musculoso na foto de divulgação do espetáculo. Não sei por que ela insiste em querer ser atriz. Me lembro de ter assistido Senhora MacBeth com ela, mas era visível ver o quanto ela estava despreparada para fazer uma personagem que exigia densidade dramática. A Selma Egrei,  que fazia o papel de uma das bruxas que participou da encenação, devorou a entrevistadora e dublê de atriz.

Tem também a Stela Miranda homenageando Carmem Miranda, no espetáculo Miranda por Miranda. Eu diria que soa pretensioso o nome da peça.  E ela é aquele tipo de atriz xerox, faz sempre a mesma coisa. Pra mim, ela não passa de uma atriz “one-hit-actress”. E eu ainda estou aguardando seu “hit” em posição de yoga (risos); Malvino Salvador, aquele ator da Globo também abre a temporada de estréias teatrais com a peça “Chuva Constante”. Nada mais propício o nome da peça, não? (risos). Acho ele péssimo como ator “quero fazer a linha hetero”.



Folheando o caderno cultural, vi uma opção bacana de show que vale a pena dar uma conferida. Em comemoração ao dia internacional de mulher, as cantoras Ná Ozzetti, Céline Imbert e Anelis Assumpção farão amanhã, dia 08, um show especial para a ocasião, na sala de conservatório da Praça das Artes, na região central. E o melhor, é gratuito. Vale a pena conferir;  E também amanhã, dia 08, abre na Caixa Cultural São Paulo a mostra gratuita Múltiplo Leminski. É uma boa dica principalmente para quem não consegue falar e escrever o português direito.

E alguém me disse que tem uma peça que não me lembro o nome no Teatro Eva Herz que vale a pena ver. Como não sei o nome do espetáculo, nem quem foi a pessoa que me falou, deduzo que não deva ser algo de relevante para ver.