Durante a viagem de ônibus,
ficamos nos lembrando dos nomes peculiares que as pessoas colocam em seus
estabelecimentos comerciais. Como, por exemplo, a farmácia “Deus é bom Pai”
(risos). E também o açougue “Estouro da boiada” (risos). Para ilustrar a
conversa, o motorista sintonizou um programa de rádio de remixagens de música
brega. E o locutor gritando que a “sequencia de remix era do suuuuuper DJ
Junior Considerado”. Considerado um porre. Vontade de ter um balde naquele
momento. Para eu vomitar dentro. Depois melhorou um pouco: o motorista colocou um pen drive alternando música ruim com música boa. Tinha até Laura Branigan no set list dele. Bem surreal para o momento.
A viagem durou 3 horas. Ficamos
alternando entre cochilar e observar a paisagem externa. Chegamos muito
cansados na rodoviária. Tentei falar com
Jorge Mendes, pois tínhamos combinado de jantarmos em Belém, antes de
embarcarmos. Não consegui falar com ele, desencanei e fomos para o aeroporto.
Ficamos aguardando alguém da TAM chegar para fazer o check in, mas me
informaram que o despacho seria a partir das 22 horas. Jantamos, vimos o
jornal, a novela da Joana Emanuela e nos dirigimos ao check in. Embarcamos à
1h30 com destino à Santarém. Chegamos por volta de 2h15 da madruga. O aeroporto
parecia Damasco bombardeada, uma zona. Perguntei a um funcionário se tinha táxi
e ele foi muito atencioso em nos levar até um. Em plena madrugada e a
temperatura em Santarém estava em 30º. Chegamos no Hotel Açay. Fui para meu
quarto, tomei uma bela ducha e tombei feito um corpo do IML na cama. Mas super
ansioso para chegarmos em Alter do Chão, último atrativo em nosso roteiro
cultural.