segunda-feira, 19 de outubro de 2015



 Salinas – Belém – Santarém. Acordamos para seguir viagem, rumo à Belém. Tomamos nosso café e nos encontramos com o dono da pousada, Benivaldo. Na verdade, tínhamos nos visto na noite anterior, quando saímos para jantar. Toda prole de Benivaldo reunida na mesa, jantando. Me senti como se estivesse no seriado da Família Waltons (risos). Foi muito educado, nos perguntou sobre Algodoal e respondemos que tínhamos amado o lugar. Estava com muita preguiça para bater perna e dar uma volta. Ficamos na pousada até o momento de partir. Ruth, mulher de Benivaldo, pediu para seu filho Ramón nos levar até a rodoviária. Ramón é um encanto, nos levou em sua caminhonete. Tem um sotaque bem malemolente, além de ser um menino agradável. É hábito de quem mora no Pará chamar seus pais de “mamãe” e “papai”. Dependendo do assunto que conversávamos, ele sempre colocava esse tom carinhoso “Mamãe gosta muito de morar aqui” ou “Acho que papai não voltaria para Belém, não.” Nos deixou na rodoviária, desejou “tudo de bom” pra nós. Perfeito pra casar (risos).


Durante a viagem de ônibus, ficamos nos lembrando dos nomes peculiares que as pessoas colocam em seus estabelecimentos comerciais. Como, por exemplo, a farmácia “Deus é bom Pai” (risos). E também o açougue “Estouro da boiada” (risos). Para ilustrar a conversa, o motorista sintonizou um programa de rádio de remixagens de música brega. E o locutor gritando que a “sequencia de remix era do suuuuuper DJ Junior Considerado”. Considerado um porre. Vontade de ter um balde naquele momento. Para eu vomitar dentro. Depois melhorou um pouco: o motorista colocou um pen drive alternando música ruim com música boa. Tinha até Laura Branigan no set list dele. Bem surreal para o momento.


A viagem durou 3 horas. Ficamos alternando entre cochilar e observar a paisagem externa. Chegamos muito cansados na rodoviária.  Tentei falar com Jorge Mendes, pois tínhamos combinado de jantarmos em Belém, antes de embarcarmos. Não consegui falar com ele, desencanei e fomos para o aeroporto. Ficamos aguardando alguém da TAM chegar para fazer o check in, mas me informaram que o despacho seria a partir das 22 horas. Jantamos, vimos o jornal, a novela da Joana Emanuela e nos dirigimos ao check in. Embarcamos à 1h30 com destino à Santarém. Chegamos por volta de 2h15 da madruga. O aeroporto parecia Damasco bombardeada, uma zona. Perguntei a um funcionário se tinha táxi e ele foi muito atencioso em nos levar até um. Em plena madrugada e a temperatura em Santarém estava em 30º. Chegamos no Hotel Açay. Fui para meu quarto, tomei uma bela ducha e tombei feito um corpo do IML na cama. Mas super ansioso para chegarmos em Alter do Chão, último atrativo em nosso roteiro cultural.