sábado, 21 de novembro de 2015



Esqueci de comentar ao Diário sobre a premiação do Festival Telas de Televisão, organizado pela Comverge. O SescTV estava concorrendo com dois programas da grade – o documentário Baré – povo do rio, na categoria documentário feature; e a série Arquiteturas, dirigida por Paulo Markun e Sérgio Roizenblitz na categoria documentário de série. Concorrendo com nomes de peso, como o Globosat. Tinha também alguns programas de outros países participando da competição.  Como estava marcado para às 19h, aproveitei e peguei carona com Jô, nossa assessora de imprensa, no táxi. Minha chefe também iria, mas como ela tem o hábito de sempre chegar atrasada, não a esperei. O taxista era muito charmoso.

A corrida foi rápida, não pegamos muito congestionamento, o que considero um milagre em plena hora do rush. Acho que a conversa com Jô rendeu um pouco até chegarmos no Auditório Ibirapuera. Não! Me lembrei agora: fiquei conversando mais com o taxista (risos).  Lógico que não perderia a chance de pegar o seu cartão. Que devo ter perdido em algum lugar.


Assim que chegamos, entramos na Oca, antes de irmos ao Auditório. Encontrei Adriana, chefe da Jô, com seu marido Yan. Deixei minha bolsa e fui andar pela Oca, ciceroneado pela Adriana. Passamos por alguns stands, a começar pela nova série do Porta dos Fundos, “O Grande González”. Tinha totens dos personagens. Pedi licença para Adriana pois queria ver de perto o cenário. E aproveitar para (risos) não ouvir sua voz. Quando ela engata a falar, ela deve olhar para o céu e gritar: “Duracell, ATIVAR”! Porque ela (risos) não para de falar. Vi a foto do João Vicente Castro. Como ele é um guapo. Além de inteligente e com aquela voz rouca super sexy. Afinal, pra quem já “trocou óleo” com a Sabrina Sato e a Cléo Pires deve ter um belo remelexo.

                                          Pelo amor da luz elétrica!

Fomos até o stand de uma empresa norte-americana, onde acontecia uma oficina de maquiagem. Fiquei fazendo cara de paisagem até avistar um querido que conheci através de meus amigos Max e Mila. Se chama Paulo, é editor. Quando me viu, ele gritou: “Jonathaaaaan”. Quer dizer, eu não me chamo Jonathan. Disse isso a ele e aí ele preferiu me chamar por Lira mesmo. Ficamos tricotando por ali, enquanto via as meninas observando o trabalho dos maquiadores. Renato Nery, da Comverge me viu e me cumprimentou. Nos conhecemos quando ele trabalhava na TV Cultura, quando a TV Cultura era um canal de cultura. Isso já (risos) tem bastante tempo. Perguntei a Paulo se ele iria participar da premiação e ele respondeu que estava concorrendo com o documentário dele, “O que realmente somos”.  Aproveitou pra me cobrar, a dizer o que tinha achado do filme. E aí vem aquele momento “espero não cometer um faux pas”. Me cutucou perguntando se eu tinha visto. Eu assisti logo quando ele me entregou o material em DVD. Estávamos jantando no Alma Cozinha junto com Max, Mila e Jurandir Miller. Vi uma semana depois. É um documentário que mostra o dia a dia de refugiados africanos morando na Austrália e todo o processo de adaptação do grupo. No filme tem a presença de um professor de capoeira, brasileiro, tentando ensiná-los, além da capoeira, a não matar a identidade cultural deles. Paulo teve muita sensibilidade em dar a chance desses jovens protagonizarem uma história. Mas ele escorregou na sensibilidade ao tirar o protagonismo deles e passar a ele a condição de brilhar, como participação especial na história. Quase no final do filme, ele corta a cena da Austrália e num passe de mágica aparece ele e o namorado de mãos dadas, o que considerei desnecessário, pois a narrativa era outra. Então num rápido ato reflexo, falei tudo isso a ele. Ele quis saber, não é mesmo?


Fomos para o auditório e ficamos aguardando no foyer, fazendo caras e bocas com tudo e com todos. Vi um ator que sempre achei bonito mas não lembrava o nome dele – Filipe alguma coisa. Ele trabalhou na MTV junto com o Marcos Mion naqueles programas sonolentos de humor. Estava com aquele coque ridículo no cabelo, fazendo a Samurai. Ficamos nos perguntando se ele era gay e de samurai nos referíamos a ele como “gueixa” (risos). Alguns produtores vieram falar comigo, mas não me lembrava do nome deles. Acabei me perdendo das meninas que trabalhavam comigo.
   
Tatina Toffoli chegou e emendamos um tricô, junto com um amigo produtor dela, que estava concorrendo com a série Zé do Caixão. Eles se conheceram quando trabalhavam na MTV. Aí desembestei a falar do quanto a MTV foi importante pra minha vida, que minha bagagem musical se devia a tudo que consumia no canal. Mas achei melhor dar um breque no texto, pois notei a cara (risos) de desolação deles.


Fiquei com Paulo e seu namorado Egberto na premiação. O SescTV ganhou na categoria melhor realização artistica de documentário pelo filme Baré. Maurício de Sousa foi homenageado pelo conjunto da obra com a Turma da Mônica. Ele subiu ao palco, mas não estava andando direito, tinha o tamanho daquele anão do Games of Trones (risos). A série Arquiteturas não ganhou nenhum prêmio, mas valeu a indicação. Mas me deu a sensação de Sérgio Roizenblitz não ter digerido bem apenas a indicação. Saiu antes da cerimônia terminar.