Esqueci
de comentar ao Diário sobre a premiação do Festival Telas de Televisão,
organizado pela Comverge. O SescTV estava concorrendo com dois programas da
grade – o documentário Baré – povo do rio, na categoria documentário feature; e
a série Arquiteturas, dirigida por Paulo Markun e Sérgio Roizenblitz na
categoria documentário de série. Concorrendo com nomes de peso, como o
Globosat. Tinha também alguns programas de outros países participando da
competição. Como estava marcado para às
19h, aproveitei e peguei carona com Jô, nossa assessora de imprensa, no táxi.
Minha chefe também iria, mas como ela tem o hábito de sempre chegar atrasada, não a esperei. O taxista era muito charmoso.
A
corrida foi rápida, não pegamos muito congestionamento, o que considero um
milagre em plena hora do rush. Acho
que a conversa com Jô rendeu um pouco até chegarmos no Auditório Ibirapuera.
Não! Me lembrei agora: fiquei conversando mais com o taxista (risos). Lógico que não perderia a chance de pegar o
seu cartão. Que devo ter perdido em algum lugar.
Assim
que chegamos, entramos na Oca, antes de irmos ao Auditório. Encontrei Adriana,
chefe da Jô, com seu marido Yan. Deixei minha bolsa e fui andar pela Oca,
ciceroneado pela Adriana. Passamos por alguns stands, a começar pela nova série do Porta dos Fundos, “O Grande
González”. Tinha totens dos personagens. Pedi licença para Adriana pois queria
ver de perto o cenário. E aproveitar para (risos) não ouvir sua voz. Quando ela
engata a falar, ela deve olhar para o céu e gritar: “Duracell, ATIVAR”! Porque ela (risos) não
para de falar. Vi a foto do João Vicente Castro. Como ele é um guapo. Além de inteligente e com aquela
voz rouca super sexy. Afinal, pra quem já “trocou óleo” com a Sabrina Sato e a
Cléo Pires deve ter um belo remelexo.
Pelo amor da luz elétrica!
Fomos
até o stand de uma empresa norte-americana, onde acontecia uma oficina de
maquiagem. Fiquei fazendo cara de paisagem até avistar um querido que conheci
através de meus amigos Max e Mila. Se chama Paulo, é editor. Quando me viu, ele
gritou: “Jonathaaaaan”. Quer dizer, eu não me chamo Jonathan. Disse isso a ele
e aí ele preferiu me chamar por Lira mesmo. Ficamos tricotando por ali, enquanto via as meninas observando o trabalho dos maquiadores. Renato Nery, da
Comverge me viu e me cumprimentou. Nos conhecemos quando ele trabalhava na TV
Cultura, quando a TV Cultura era um canal de cultura. Isso já (risos) tem
bastante tempo. Perguntei a Paulo se ele iria participar da premiação e ele respondeu
que estava concorrendo com o documentário dele, “O que realmente somos”. Aproveitou pra me cobrar, a dizer o que tinha
achado do filme. E aí vem aquele momento “espero não cometer um faux pas”. Me cutucou
perguntando se eu tinha visto. Eu assisti logo quando ele me entregou o
material em DVD.
Estávamos jantando no Alma Cozinha junto com Max, Mila e
Jurandir Miller. Vi uma semana depois. É um documentário que mostra o dia a dia
de refugiados africanos morando na Austrália e todo o processo de adaptação do
grupo. No filme tem a presença de um professor de capoeira, brasileiro,
tentando ensiná-los, além da capoeira, a não matar a identidade cultural deles.
Paulo teve muita sensibilidade em dar a chance desses jovens protagonizarem uma
história. Mas ele escorregou na sensibilidade ao tirar o protagonismo deles e
passar a ele a condição de brilhar, como participação especial na história. Quase no final do filme,
ele corta a cena da Austrália e num passe de mágica aparece ele e o namorado de
mãos dadas, o que considerei desnecessário, pois a narrativa era outra. Então
num rápido ato reflexo, falei tudo isso a ele. Ele quis saber, não é mesmo?
Fomos
para o auditório e ficamos aguardando no foyer, fazendo caras e bocas com tudo
e com todos. Vi um ator que sempre achei bonito mas não lembrava o nome
dele – Filipe alguma coisa. Ele trabalhou na MTV junto com o Marcos Mion
naqueles programas sonolentos de humor. Estava com aquele coque ridículo no
cabelo, fazendo a Samurai. Ficamos nos perguntando se ele era gay e de samurai
nos referíamos a ele como “gueixa” (risos). Alguns produtores vieram falar
comigo, mas não me lembrava do nome deles. Acabei me perdendo das meninas que
trabalhavam comigo.
Tatina
Toffoli chegou e emendamos um tricô, junto com um amigo produtor dela, que
estava concorrendo com a série Zé do Caixão. Eles se conheceram quando
trabalhavam na MTV. Aí desembestei a falar do quanto a MTV foi importante pra
minha vida, que minha bagagem musical se devia a tudo que consumia no canal.
Mas achei melhor dar um breque no texto, pois notei a cara (risos) de desolação
deles.
Fiquei
com Paulo e seu namorado Egberto na premiação. O SescTV ganhou na categoria
melhor realização artistica de documentário pelo filme Baré. Maurício de Sousa
foi homenageado pelo conjunto da obra com a Turma da Mônica. Ele subiu ao
palco, mas não estava andando direito, tinha o tamanho daquele anão do Games of
Trones (risos). A série Arquiteturas não ganhou nenhum prêmio, mas valeu a
indicação. Mas me deu a sensação de Sérgio Roizenblitz não ter digerido bem
apenas a indicação. Saiu antes da cerimônia terminar.