domingo, 15 de setembro de 2019



Fortaleza – Canindé – Ipu – Ubajara. Por incrível que pareça, acordei cedo e bem disposto para viagem em direção à região serrana do Ceará. Minhas mochilas já estavam prontas, tinha arrumado um dia antes, à noite, enquanto assistia aquela so-frí-vel novela das nove da Globo. Ver a atuação do elenco, especialmente da protagonista vivida pela Juliana Paes é constrangedor. Mas sobre isso eu falo em outro momento.


Me dirigi ao refeitório para fazer o breakfast. Uma funcionária super simpática e alto astral me perguntou o que queria. Pedi para ela fazer uma omelete, enquanto pegava outras coisas para comer. No refeitório, o elenco de American Horror Story estava em peso: só freak peoples. Deus realmente deve ter se esquecido desse país. Numa última mesa, um cara que ficou de costas a todos e de frente à janela e pensei: esse me representa (risos). Fiz meu primeiro tempo de coffee break, observando um bofe delícia acompanhado de sua esposa baranga e sua filha. A menina se humilhando para ter a atenção do pai e ele não estava nem aí pra ela. Lamentável.

Me levantei para o segundo round. Enquanto pegava um copo para me servir de água, eis que surge ao meu lado a semente de bucha evangélica do dia anterior, dizendo de forma bem humorada “Bom dia”. Retribuí a gentileza da coitada e voltei à mesa para concluir meu desjejum. Milagres realmente acontecem.  Ah, é tão bom quando alguém resolve se redimir "numa boa" (risos). 




Jeovani já estava me aguardando na recepção. Fiz o check out e me dirigi ao carro para começarmos nossa jornada rumo adentro ao estado do Ceará. Assim que entrei na land rover, um mimo feito por ele: tinha deixado no ponto um show de retrospectiva de carreira do Fagner, bem na música que tínhamos comentado no dia anterior. Foi um gesto nobre e querido dele, que fez questão de passar próximo para eu conhecer o Porto de Mucuripe. E com a música no fundo, não teve como não se emocionar. Ligue o play para deixar a música te contagiar.





Nem preciso dizer que o cantor foi pauta de nossa conversa durante a viagem. O DVD correu solto para ver o show todo do músico. Comentei que tinha ido assistir recentemente a Fafá de Belém com o show Humana, onde ela canta uma composição belíssima do artista. Disse que a obra de Fagner se assemelhava a um trovador solitário que nutre um amor intenso por alguém, mas que, de certa forma, o atemoriza. Jeovani foi sucinto e certeiro em sua opinião: Fagner é o cantor do amor incompreendido. Bingo!