terça-feira, 10 de fevereiro de 2015



Na avalanche de péssimas notícias desde o começo do ano, tive um insight na minha cabeça e fiquei pensando que foi de uma relativa comoção o caso do traficante que estava preso na Indonésia e foi executado por entrar ao país munido de cocaína. Tem quer ter muito sangue frio para trabalhar com essa que eu chamo de “quimera satânica”. Acho pó uó. Mas o fato é que foi um assunto que se polarizou muito nas redes sociais. Aliás, como estamos repletos de analistas políticos no Facebook. Escrevem errado, erram qual termo usar, conjugam o verbo de forma errada, colocam crase onde não se deve colocar. Concordância verbal? Nem com vela de macumba na encruzilhada. Mas possuem a audácia de manter a pose de obra renascentista (risos) para dar sua “contribuição” à sociedade, opinando sobre esse ou aquele assunto. Somos muito arrogantes e não temos a humildade de ter postura de aprendiz.

Eu passo longe desse tipo de comentário, procuro me distrair e, por que não, me divertir, quando alguma celebridade “acha” sobre “algo”. A dita apresentadora de telejornal, a Raquel Cheirazade, em mais uma pérola dionisíaca para meus ouvidos, elogiou a postura do presidente da Indonésia com a pena de morte no país e indiretamente alfinetou a falta de “postura” da política brasileira nesse tipo de situação. Quer dizer então que ela gozou de emoção com o regime político inflexível do querido Joko Widodo? Então faça um favor pra evolução da espécie humana, Raquel:  se muda pra lá! (risos).


E falando em falta de “se mancol”, abriu um restaurante japonês perto do meu trabalho. Na verdade, o lugar é um tanto inusitado: o restaurante fica no posto de gasolina, na esquina da avenida Álvaro Ramos com a Radial Leste. É de abrir o apetite, não? Como eu não gosto de comida japonesa, para mim indifere. Quando vem a palavra “restaurante japonês” na minha mente, já sinto um cheiro de peixe morto boiando no mar há dias. Me dá um bolo no estômago, sabe? A questão é que o tal “japa” abriu suas portas com ares de boate gay do baixo Glicério. Simplesmente eles colocaram um som insuportável, um bate cabelo de peruca ensurdecedor para atrair a atenção. Mas acho que o dono do estabelecimento não chegou a fazer uma “pesquisa de campo” pelas proximidades do bairro. E, como assim, um restaurante dentro de um posto de gasolina? A que ponto chega a falta de bom senso das pessoas. Digo isso porque próximo ao posto e ao pulgueiro despejando toda aquela poluição sonora, tem um hospital. Será que o suíno empreendedor não se tocou que é essencial haver silêncio perto do hospital? De qual celeiro esse proprietário saiu? Chame atenção de outra forma! Eu, por exemplo, pegaria uns michês bombados, desses que fazem qualquer sacrifício por um bom cachê (risos) e os fantasiaria de algo que remetesse à cultura nissei. Cavaleiros do Zodíaco seria uma boa pedida. E criaria (risos) microbombas, em forma de Pokémon, caso alguma criança desse trabalho. Pra que aguentar a gritaria desses catarrentos? É só dar um bonequinho desses e...BUM..a dor de cabeça passou. Só acho uma pena uma pessoa como esse senhor (ou senhora, vai saber) equivocado, subestimar as pessoas em achar que elas não possuem know how para perceber que esse tipo de estratégia de marketing é de extremo mal gosto. Vamos ver até quando essa temakeria vai sobreviver. Pelas coisas que eu vi hoje, o restaurante fez sua inauguração em estado terminal. Foram várias bolas fora no mesmo dia.