Na avalanche de péssimas notícias desde o
começo do ano, tive um insight na minha cabeça e fiquei pensando que foi de
uma relativa comoção o caso do traficante que estava preso na Indonésia e foi
executado por entrar ao país munido de cocaína. Tem quer ter muito sangue frio
para trabalhar com essa que eu chamo de “quimera satânica”. Acho pó uó. Mas o
fato é que foi um assunto que se polarizou muito nas redes sociais. Aliás, como
estamos repletos de analistas políticos no Facebook. Escrevem errado, erram
qual termo usar, conjugam o verbo de forma errada, colocam crase onde não se
deve colocar. Concordância verbal? Nem com vela de macumba na encruzilhada. Mas
possuem a audácia de manter a pose de obra renascentista (risos) para dar sua
“contribuição” à sociedade, opinando sobre esse ou aquele assunto. Somos muito
arrogantes e não temos a humildade de ter postura de aprendiz.
Eu passo longe desse tipo de comentário,
procuro me distrair e, por que não, me divertir, quando alguma celebridade
“acha” sobre “algo”. A dita apresentadora de telejornal, a Raquel Cheirazade,
em mais uma pérola dionisíaca para meus ouvidos, elogiou a postura do
presidente da Indonésia com a pena de morte no país e indiretamente alfinetou a
falta de “postura” da política brasileira nesse tipo de situação. Quer dizer
então que ela gozou de emoção com o regime político inflexível do querido Joko Widodo? Então faça um favor pra evolução da espécie humana, Raquel: se muda pra lá! (risos).
E falando em falta de “se mancol”, abriu um
restaurante japonês perto do meu trabalho. Na verdade, o lugar é um tanto
inusitado: o restaurante fica no posto de gasolina, na esquina da
avenida Álvaro Ramos com a Radial Leste. É de abrir o apetite, não? Como eu não
gosto de comida japonesa, para mim indifere. Quando vem a palavra “restaurante
japonês” na minha mente, já sinto um cheiro de peixe morto boiando no mar há dias. Me dá um bolo
no estômago, sabe? A questão é que o tal “japa” abriu suas portas com ares de
boate gay do baixo Glicério. Simplesmente eles colocaram um som insuportável,
um bate cabelo de peruca ensurdecedor para atrair a atenção. Mas acho que o
dono do estabelecimento não chegou a fazer uma “pesquisa de campo” pelas
proximidades do bairro. E, como assim, um restaurante dentro de um posto de
gasolina? A que ponto chega a falta de bom senso das pessoas. Digo isso porque
próximo ao posto e ao pulgueiro despejando toda aquela poluição sonora, tem um
hospital. Será que o suíno empreendedor não se tocou que é essencial haver
silêncio perto do hospital? De qual celeiro esse proprietário saiu? Chame
atenção de outra forma! Eu, por exemplo, pegaria uns michês bombados, desses
que fazem qualquer sacrifício por um bom cachê (risos) e os fantasiaria de algo
que remetesse à cultura nissei. Cavaleiros do Zodíaco seria uma boa pedida. E
criaria (risos) microbombas, em forma de Pokémon, caso alguma criança desse
trabalho. Pra que aguentar a gritaria desses catarrentos? É só dar um
bonequinho desses e...BUM..a dor de cabeça passou. Só acho uma pena uma pessoa
como esse senhor (ou senhora, vai saber) equivocado, subestimar as pessoas em
achar que elas não possuem know how
para perceber que esse tipo de estratégia de marketing é de extremo mal gosto.
Vamos ver até quando essa temakeria vai sobreviver. Pelas coisas que eu vi
hoje, o restaurante fez sua inauguração em estado terminal. Foram várias bolas
fora no mesmo dia.